Os profissionais de saúde, que enfrentam o 11º surto de Ébola na República Democrática do Congo (RDC), declarado no início de Junho no Noroeste do país, estão em greve, desde terça-feira, exigindo o pagamento dos salários.
“Não se pode simplesmente trabalhar sem receber algo. Desde o início do trabalho de resposta à epidemia que as pessoas não têm sido pagas. Decidimos parar de trabalhar”, disse Guelord Mpeti, porta-voz dos grevistas, à agência France Press. Apesar de reconhecer “um problema”, o ministro da Saúde da RDC, Eteni Longondo, assegurou que “o ministro das Finanças já ordenou um desembolso parcial” para os salários.
“Esperamos que esta semana o Banco Mundial possa dar-nos o dinheiro para enviar para Mbandaka (cerca de 600 quilómetros a norte da capital congolesa, Kinshasa), onde os agentes de resposta deixaram de trabalhar”, apontou o ministro. O ministro acrescentou que os profissionais de saúde destacados para o combate ao ébola “devem voltar ao trabalho porque o número de casos está a aumentar e o mesmo se passa com as mortes”. “A situação será resolvida esta semana ou na próxima”, prometeu Eteni.