O Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Angola marcou para sexta-feira, dia 29 de Outubro, o início de uma greve, em todas as universidades públicas e institutos superiores do país, para pressionar o governo a atender as reivindicações da classe.
Em causa estão antigas reivindicações que o Governo não se tem mostrado disposto a satisfazer, entre as quais o aumento dos salários e a realização de eleições para escolha dos gestores das unidades orgânicas.
De acordo com Eduardo Peres Alberto, secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Angola à Voz da América, em Setembro passado a sua organização já tinha avisado o Ministério do Ensino Superior caso as reivindicações não fossem atendidas a paralisação seria inevitável a partir de Outubro, sublinhando haver “falta de vontade política” por parte do Governo.
Refira-se no dia 5 de Outubro, aquando da abertura do novo ano lectivo no Ensino Superior, o Presidente da República, João Lourenço, reconhceu na cidade do Bié a necessidade de um maior investimento no sistema de ensino superior e prometeu aumentar a verba destinada ao sector, ainda este ano, bem como as bolsas de estudo internas, nos níveis de graduação e pós-graduação, como forma de premiar o mérito estudantil.
Na ocasião, o Presidente da República reiterou também a aprovação do novo regime jurídico que permite às instituições do ensino superior realizarem os seus pleitos eleitorais.
Entretanto, a par desta greve dos professores universitários que terá lugar já na sexta-feira, Angola tem se deparado também com a greve dos estudantes universitários levada a cabo, a 25 e 26 do mês de Setembro, pelo Movimento de Estudantes Angolanos com marchas de protesto contra a subida dos preços das propinas nas instituições do ensino público e privados.