As recusas do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, por alegadas ilegalidades durante a sua campanha para liderar o Congresso Nacional Africano (ANC), no poder, destacam-se esta sexta-feira nos relatórios sobre a sua aparição perante o Parlamento Nacional.
De acordo com a Angop, Ramaphosa compareceu quinta-feira ao órgão legislativo nacional para informar sobre os planos executados pelo seu governo para enfrentar os principais problemas ligados à estagnação económica e à alta taxa de desemprego.
Esta foi a sua primeira aparição num ciclo de perguntas diante do Parlamento Nacional desde que assumiu a Presidência, triunfando nas eleições gerais de Maio passado.
A maioria dos representantes dos partidos da oposição concentrou as suas perguntas na suposta ilegalidade das doações recebidas por Ramaphosa para assegurar a presidência do ANC na Conferência Nacional realizada em Dezembro de 2017, uma questão que rejeitou veementemente.
Outro aspecto de interesse para este sector da bancada parlamentar estava ligado à possibilidade de abrir uma investigação independente sobre as actividades corruptas da antiga empresa Bosasa, agora African Global Operation.
A insistência dos legisladores da oposição em submeter a Bosasa a uma investigação independente deve-se ao facto da empresa ter contribuído com 35 mil dólares para a campanha de Ramaphosa para a sua eleição como líder do ANC, segundo analistas locais.
A questão da contribuição financeira do Bosasa tornou-se mais intensa depois que o protector público, Busisiwe Mkhwabane, acusou o presidente em Julho de violar o Código de Ética Executivo porque não informou ao Parlamento sobre a doação
No entanto, os dirigentes do ANC argumentam que este é um procedimento que Ramaphosa não é obrigado a cumprir, de acordo com a lei.