O presidente do Banco Central brasileiro, Alexandre Tombini, afirmou em comissão do Senado Federal que os efeitos da crise económica poderão durar mais dois anos e que o país terá crescimento abaixo do esperado nesse período.
“Teremos ao longo dos próximos trimestres, e quem sabe dos próximos dois anos, um cenário ainda caracterizado pela volatilidade dos mercados internacionais e um crescimento mais baixo do que se esperava”, disse Tombini na terça-feira, citado pelo jornal “Folha de São Paulo”.
Na apresentação, o presidente do Banco Central diminuiu a projeção de crescimento para o país neste ano de 3 por cento para 2,3 por cento.
Tombini, entretanto, afirmou que a crise internacional ajuda a conter a inflação no Brasil e manteve a estimativa de retomada do crescimento económico no segundo semestre. No primeiro trimestre do ano, o Produto Interno Bruto do país cresceu apenas 0,2 por cento.
O governo brasileiro, que começou 2012 estimando um resultado positivo anual de mais de 4 por cento, também já reviu as suas expetativas, e ficará “satisfeito” se conseguir superar o resultado de 2,7 por cento de 2011, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
FONTE: IONLINE