Sábado, Maio 18, 2024
19 C
Lisboa
More

    Portugal: “PS não apoia nem mais uma medida de austeridade”

    Socialistas falam em “colapso da receita” e recusam mais apertar do cinto. “Não estamos, neste momento, a contemplar medidas adicionais de austeridade”, responde Vítor Gaspar.

    Vítor Gaspar garantiu esta tarde aos deputados da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças que o Governo não está, “neste momento, a contemplar medidas adicionais de austeridade”, apesar de ter voltado a admitir o mau desempenho das receitas fiscais nos primeiros cinco meses do ano.

    Foi a resposta do ministro ao deputado do PS João Galamba, que garantiu que o seu partido não apoiará qualquer apertar de cinto adicional. “Não terá o apoio do PS para nem mais uma medida de austeridade”, assegurou o representante do PS, desafiando o ministro a esclarecer o que está a ponderar fazer perante a derrapagem da execução orçamental.

    “Espero que esteja em condições de dizer aqui que mais medidas de austeridade não defendem o interesse nacional. Não protegem o País, não defendem a economia, nem a sociedade, nem o emprego, e não tornam mais fácil atingir os objetivos do próprio programa de ajustamento”, disse Galamba.

    Confrontado pelo PS com o “colapso da receita”, e questionado sobre “qual o ensinamento que retira do falhanço das escolhas que fez”, o ministro das Finanças não abriu o jogo sobre o plano B do Governo.

    Mas reafirmou o compromisso com um défice no fim do ano de 4,5% e lembrou que “a formulação do programa de ajustamento, desde o primeiro momento, contempla o compromisso do Governo tomar medidas adicionais para garantir cumprimento dos limites do programa”. Como? Tal como ontem, no debate da moção de censura, não explicou.

    PS pede recuo na austeridade

    João Galamba, o primeiro deputado da oposição a questionar o governante, lembrou que a execução orçamental até maio permite retirar uma “conclusão evidente: tudo o que o PS disse que iria acontecer, todos avisos que o PS fez, verificaram-se”, a começar pela “quebra da receita brutal”. Olhando apenas para a quebra do IVA e das contribuições sociais, e o aumento dos gastos com o subsídio de desemprego, o socialista apontou para uma derrapagem, no fim do ano, de 2 mil milhões de euros, e desafiou Gaspar a voltar atrás nalgumas medidas. “Era melhor admitir que errou e recuar, nomeadamente no IVA da restauração.”

    FONTE: Expresso

    Publicidade

    spot_img

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    TSE suspende julgamento de ações que pedem cassação de Moro por atos na pré-campanha em 2022; caso será retomado na 3ª

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu nesta quinta-feira o julgamento das ações que pedem a cassação do senador Sergio...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema