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    Portugal: PS diz que estratégia orçamental do Governo é um fracasso

    O PS defendeu ontem que o aumento do défice no primeiro trimestre deste ano traduz “o fracasso” da estratégia orçamental do Governo, considerando que os portugueses não estão a ser “recompensados” pelos seus “sacrifícios”.
    A posição dos socialistas foi transmitida por Eurico Brilhante Dias, membro do Secretariado Nacional do PS, em reacção a estimativas que apontam que o défice orçamental no primeiro trimestre se agravou para 7,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ficando acima da meta de 4,5 por cento prevista para o final do ano e acima dos 7,5 por cento verificados em igual período de 2011.

    Segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor nominal do défice das Administrações públicas em contabilidade nacional – a óptica que conta para Bruxelas – atingiu os 3.217 milhões de euros, valor que compara com os 3.097 milhões de euros registados no final do primeiro trimestre do ano passado.

    Perante estes indicadores, o dirigente do PS concluiu que “Portugal ficou a conhecer o fracasso da estratégia orçamental do Governo”, baseada numa lógica do “custe o que custar”.

    “As consequências desta estratégia são as previstas: Paralisação da actividade económica e dos investimentos, menores rendimentos dos impostos indirectos (IVA), menores contribuições sociais e mais despesa com o subsídio de desemprego. Este quadro só poderia resultar em mais défice – e em mais défice no primeiro trimestre de 2012 do que no primeiro trimestre de 2011”, apontou Eurico Brilhante Dias.

    Neste quadro, o dirigente do PS referiu que o seu partido tem vindo a apontar que a actual estratégia “está errada, que Portugal precisa de pôr o crescimento e o emprego no centro do processo de consolidação orçamental”.

    “Se não o fizer, não só a estratégia de consolidação orçamental vai por um caminho errado, como o próprio país tomará um caminho errado. Os portugueses estão a fazer enormes sacrifícios, viram os seus rendimentos afectados por cortes nos salários e por aumentos de impostos, e é com muita pena que o PS vê que esses sacrifícios não estão a ter a recompensa devida na execução orçamental”, sustentou Eurico Brilhante Dias.

    O membro do Secretariado Nacional do PS defendeu ainda que o indicador relativo aos consumos intermédios permite retirar conclusões de alguma gravidade.

    “Os consumos intermédios aumentaram no primeiro trimestre de 2012 por comparação com o primeiro trimestre de 2011. Para um Governo [PSD/CDS] que se apresentou aos portugueses dizendo que a consolidação orçamental se fazia pelo combate às gorduras, isto é um péssimo primeiro exercício”, frisou.

    FONTE: Jornal de Negócios

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