O Governo Regional da Madeira acredita estar “perante um terrorismo incendiário” e “espera que as autoridades competentes do Estado saibam averiguar, descobrir e punir”, afirma a presidência do arquipélago em comunicado emitido hoje à tarde.
A ideia dos governantes da Madeira baseia-se na dispersão de pontos em que os incêndios iam sucessivamente ocorrendo, numa multiplicação de locais nunca antes vista, obrigando tecnicamente a uma dispersão de meios, os quais a Região dispõe para situações de catástrofe, mas nunca para uma impensada multiplicidade desta natureza”.
Já na quinta-feira o presidente da Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque, tinha dito que o incêndio de quarta-feira, em Palheiro Ferreiro, foi fogo posto, sublinhando a existência de testemunhas oculares.
Inquérito à RTP-RDP/Madeira
Ainda no mesmo comunicado, o Governo Regional da Madeira anunciou que vai pedir um inquérito à RTP-RDP/Madeira por alegadas notícias falsas sobre os incêndios que estão a deflagrar na ilha desde quarta-feira.
“Em termos de informação, o Governo Regional condena aqueles meios de comunicação social que falharam totalmente no rigor informativo que se lhes exigia criando assim alarmismo prejudicial com notícias falsas (…)”, pode ler-se num comunicado divulgado esta tarde no site da Presidência.
“Assim, o Governo Regional decidiu pedir um inquérito à RTP-RDP/Madeira, quer ao Ministério da tutela, quer aos respectivo Conselho de Administração”, acrescenta.
Paulo Pereira, adjunto do gabinete de Presidência do Governo Regional da Madeira, explicou ao Expresso que o inquérito visa perceber porque se dão notícias erradas com consequências nefastas para a região e apelou ao cuidado dos media.
“Infelizmente há demasiadas notícias alarmistas sobre os incêndios. São só asneiras, deixem apagar os fogos. Se os meios de comunicação social não sabem informem-se”, disse o responsável.
Contactado pelo Expresso, o diretor da RTP-Madeira, Martim Santos, disse não ter nada a comentar de momento, sublinhando que aguarda pelo desenrolar da ação.
FONTE: Expresso