Cinco mil milhões de kwanzas é o valor necessário para a criação das condições objectivas para a real funcionalidade do Pólo de Desenvolvimento Turístico de Cabo Ledo, localizado no município da Quiçama, em Luanda, informou o seu director-geral, Jacob Moisés.
Em declarações à imprensa, quinta-feira, a propósito de uma visita de inspecção que o governador provincial de Luanda, Sérgio Luther Rescova, efectuou ao projecto, o responsável explicou que estes valores permitirão elaborar o plano estratégico e cumprir com a implementação do directório.
“O Pólo não está a desempenhar o seu verdadeiro papel por falta de verbas. Pois não há água nem energia eléctrica, e os poucos investidores existentes em Cabo Lebo têm sentido muitas dificuldades para beneficiar destes serviços, optando por fontes alternativas”, lamentou director-geral.
Neste sentido, escreve a Angop, Jacob Moisés defende uma intervenção de facto do Executivo, com a cabimentação de valores para se poder colocar as infraestruturas necessárias ao Pólo, manter um ordenamento exequível, com vista a atrair-se cada vez mais investidores para este projecto.
Salientou, na ocasião, que se está a corrigir alguns erros cometidos no passado, porque o Pólo está localizado num perímetro habitado por populações, além de que se transferiu da província do Bengo para a de Luanda, por força da nova divisão administrativa.
Por outro lado, disse, houve também cedência, por parte do Governo do Bengo, de terrenos acima do limite que a Lei autoriza (150, 200 e até 300 hectares).
“Para terrenos urbanísticos, a Lei de Terra permite apenas cinco hectares, acima disto é responsabilidade do titular do poder executivo”, referiu Jacob Moisés, informando que, neste momento, as pessoas com cargos públicos que ocuparam ilegalmente alguns espaços estão a ser notificadas”.