A Polícia Nacional em Malange e os órgãos locais que intervêm na fiscalização dos estabelecimentos comerciais vão cooperar num processo que tem como objectivo combater a sinistralidade rodoviária resultante da actividade dos moto-taxistas.
O comando provincial da corporação e os órgãos que fiscalizam os estabelecimentos comerciais recomendaram a legalização das motorizadas antes de serem vendidas aos moto-taxistas.
As recomendações, saídas de um encontro com os agentes comerciais da província de Malange, orientado pelo comandante da Polícia Nacional local, comissário José Moniz, visam pôr termo à sinistralidade rodoviária provocada pelos moto-taxistas, também conhecidos por “kupapatas”.
No encontro também foi recomendada a necessidade dos órgãos envolvidos nesse processo reforçarem a fiscalização e inspecção nos estabelecimentos que procedem à venda de motorizadas para a actividade de moto-táxi na região.
O uso de capacetes, chapas de matrícula e livrete, e o cumprimento do Código de Estrada, constaram também das conclusões do encontro. A sinalização, montagem de semáforos, passadeiras e a construção de vias alternativas circulares para o descongestionamento de viaturas e motociclos na avenida principal de Malange, foram apontadas como necessidades.
Esta avenida liga Malange às províncias do leste do país, designadamente Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico. Vários “kupapatas” que participaram no encontro alegaram que têm adquirido as suas motorizadas no mercado paralelo e, por isso, é difícil obter a sua legalização.O encontro propôs ainda a criação de brigadas de fiscalização, compostas por elementos afectos às direcções da Administração Pública, Emprego e Segurança Social, do Comércio, das Finanças e da Polícia Económica. A intervenção desses órgãos vai ser feita numa perspectiva de disciplinar o comércio das motorizadas para posterior uso pelos “kupapatas”, obedecendo às regras do Código de Estrada. Em todo o país, a Polícia tem manifestado preocupação com a circulação das moto-táxis.
Fonte: Angop