A actividade de garimpo de ouro já causou a morte a pelo menos 30 cidadãos nacionais, nos municípios da Jamba e Chipindo, província da Huíla, em consequência de desmoronamentos de terra, informou esta quinta-feira, no Lubango, o porta-voz do comando da Operação Transparência, António Bernardo.
De acordo com Angop, a informação foi prestada à imprensa no final da apresentação do memorando sobre a exploração de ouro na província, no âmbito da Operação Transparência, com incidência na emigração e exploração ilegal de mineiros estratégicos.
Acrescentou que, destes, 16 mortes tiveram lugar este ano (2019), sendo 13 em Março e outras três em Abril.
Sem estabelecer um período exacto em que sucederam os outros incidentes, António Bernardo fez saber que a corrida pelo ouro, no município do Chipindo, localizado a 456 quilómetros a Norte do Lubango, e que tem uma população estimada em 70 mil 936 habitantes, teve início em 2014, com o processo de prospecção do minério.
O porta-voz referiu ainda que, só na Jamba, havia informações de que estavam mais de mil garimpeiros, no entanto hoje a circunscrição já não verifica esta situação de exploração ilegal, mas o mesmo não ocorre com o Chipindo, onde a Polícia Nacional opera e está a reduzir os focos existentes.
“Nós estamos focados na protecção dos minerais estratégicos do país e no combate à emigração ilegal, pórem este combate não depende só da Polícia Nacional, mas implica o envolvimento de outros sectores.
Entretanto, referiu que a província da Huíla é a sede regional do comando dessa operação na região, onde começam também a tratar de questões ligadas ao Cunene e ao Namibe, sendo que nestas províncias serão instalados postos comandos auxiliares.
A província tem 14 municípios, 52 comunas e conta com uma população estimada em cerca de dois milhões, 906 mil 791 habitantes.