Os planos directores municipais ajudam na implementação de políticas de identificação, combate e prevenção as ravinas baseadas no controlo da erosão pluvial e dos movimentos de terreno, considerou nesta quinta-feira, em Luanda, o engenheiro angolano António Madaleno.
Esta posição foi defendida numa palestra sobre “Ravinas, causas, consequências, soluções, um caso de segurança pública”, promovida pela associação Vida pela Vida/Bloco Verde, que visou analisar a situação de mobilidade rodoviária na capital do país.
De acordo com o engenheiro, a criação de planos municipais facilita o reforço de prevenção e controlo, o cadastro, a elaboração de base de dados da precipitação de ravina e de solos.
Segundo disse, com o plano director municipal ajuda no planeamento, uso e ocupação do solo de acordo com a preservação das características topográficas do solo, da drenagem e da vegetação natural do local.
” Os municípios devem ter um plano director onde deve conter inventários de ravinas identificando as causas, as que estão em fase embrionária de modo a se trabalhar em métodos de combate”, salientou.
António Madaleno sublinhou, por outro lado, que os métodos de combate de ravinas têm a ver com o controlo dos movimentos de terreno que pode contemplar a modificação da geometria do talude, protecção do leito da ravina, contra a queda de blocos de rocha e contenção com elementos estruturais.
“A erosão dos solos e das rochas resulta de processos naturais, devido à acção combinada da gravidade com a água e o vento, ou de acções humanas, tais como a desflorestação, a construção em encostas, a utilização de técnicas agrícolas inadequadas e a ocupação desordenada do solo.
O engenheiro disse ainda que a deficiência de drenagem e taludes contribui para o surgimento de ravinas, e destacou o caso de 2014 na estrada de acesso ao cemitério Monumento, no Kuito, província do Bié. (Angop)