O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho afirmou nesta quinta-feira, em Bucareste, que o Governo não está para cair e que o Orçamento do Estado para 2013 pode ser alterado no Parlamento.
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O primeiro-ministro, que se encontra na capital da Roménia para participar num congresso do Partido Popular Europeu (PPE), disse nesta quinta-feira que o “Parlamento tem sempre todos os poderes. Tem o poder de propor alterações, de derrubar um Governo até. Nenhuma das duas circunstâncias deve ser dramatizada. Creio eu, nem o Governo está para cair, e espero bem que essa discussão deixe de ocupar tanto tempo da nossa política interna, nem o Governo diz que não pode alterar uma vírgula ao Orçamento”.
Passos Coelho acrescentou que o documento apresentado nesta segunda-feira pelo ministro das Finanças Vítor Gaspar é resultado da negociação da quinta avaliação da troika ao programa de ajustamento financeiro. Segundo o chefe do executivo, é este Orçamento que permite a Portugal continuar a ter um desempenho positivo.
“O Orçamento que o Governo apresentou no Parlamento é o resultado material da conversação e da negociação que tivemos com a troika durante o quinto exame regular. E, nessa medida, é um instrumento indispensável para podermos continuar a cumprir os objectivos que constam do memorando de entendimento e continuarmos a ter um desempenho positivo e favorável do nosso processo de ajustamento”, disse Passos Coelho.
A proposta de Orçamento do Estado para 2013 foi apresentada na segunda-feira, mas só nesta quinta-feira Paulo Portas quebrou o silêncio, através de um comunicado. O líder centrista diz que o CDS votará o documento, porque tem de evitar uma crise política no Governo que arraste o país para uma crise financeira, mas frisa que o partido irá contribuir para “melhorar aspectos” do Orçamento.
FONTE: Público