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    Partidos e coligações concorrentes às eleições reivindicam todos uma vida melhor para os angolanos

    Os partidos políticos e coligações (PAPOD, FUMA, CPO e CASACE) apresentaram os seus programas de governação em actos realizados em Luanda, para convencerem o eleitorado, numa altura em que começou a correria da campanha eleitoral rumo às eleições gerais de 31 de Agosto.

    O Partido Popular para o Desenvolvimento (PAPOD) liderado por Artur Quixona Finda, fez a apresentação do seu programa, destacando a família, paz, amor, perdão, reconciliação, união, trabalho e desenvolvimento, respectivamente, como sendo os seus principais pilares de governação, em caso de uma eventual vitória nestas eleições. O programa, que chegou à banca de O PAÍS, aponta a família como o núcleo da sociedade.

    A paz é destacada como “o primeiro bem comum que deve ser consolidado e preservado, servindo cada vez mais como o barómetro da aproximação entre os homens em diversos domínios”. De pendor essencialmente social, o ideário político do PAPOD refere que o perdão fará com que os cidadãos esqueçam as agruras do passado originadas pelo longo conlito armado que o país viveu, para permitir a coniança entre irmãos da mesma pátria, sobretudo para os actores políticos, para promover uma boa governação. A confiança, no entendimento dessa força política, servirá também para garantir a construção de um Estado democrático. O PAPOD, se obtiver a vitória eleitoral dia 31, bater-se-á pela convivência harmoniosa e a protecção dos valores e princípios universalmente aceites, assim como a recuperação dos valores morais, culturais, cientíicos, técnicos e profissionais, dando lugar a educação, ensino e o trabalho.Como projecto económico, o PAPOD pensa em trabalhar para aplicar o investimento económico e social, proporcionando mais e melhor condições de vida às populações, mudando-lhes o actual modo de vida, que alega estar “na mó de baixo, num país com muitos recursos naturais, mas que peca pela má distribuição dos rendimentos provenientes destas tais riquezas”.

    Defende igualmente a valorização e o equilíbrio do salário de cada trabalhador com base na sua categoria. Prevê, igualmente, a criação de uma indústria familiar, promoção do emprego para todos, apoiar e desenvolver o sindicalismo, servindo de equilíbrio de emprego e do trabalho para a elevação da produção e da produtividade.

    O apoio ao empresariado nacional, assim como desenvolver projectos agrícolas, resumem as linhas de força do Partido Popular para o Desenvolvimento. Este partido resultou da extinta Coligação FOFAC, que concorreu nas eleições legislativas de 2008 mas que não conseguiu obter 0,5 de votos para se manter na arena política.

    CPO: VALORIZAÇÃO PRIMÁRIA DO HOMEM
    Apresentado no dia da abertura oficial da campanha eleitoral, terçafeira 31 de Julho, o Conselho Político de Oposição(CPO), que tem à frente Anastácio Finda como presidente, coloca o angolano no centro das suas prioridades, segundo consta do seu manifesto eleitoral. “O angolano é a razão da sua existência como instituição político-partidária”, lê-se. As políticas de governo gizadas pelo CPO estão voltadas para o asseguramento da pessoa humana, sobretudo no que concerne aos direitos fundamentais do cidadão (saúde, educação, trabalho, habitação, meio ambiente saudável), preservando a sua dignidade. Para além da pessoa humana, almeja um sistema económico que se coaduna com políticas público-privadas capazes de consolidar a construção de um Estado viável.

    O CPO, segundo o seu manifesto, tem ainda como opção a erradicação da pobreza, assim como a consolidação da reconciliação e reconstrução nacional para uma Angola mais próspera, onde todos os seus filhos se sintam capazes de usufruir de uma vida melhor e contribuir para a reconstrução nacional. Esta força política declara também que, em caso de vitória eleitoral, “deverá consolidar e aprofundar os ganhos e as medidas implementadas até aqui pelo actual Governo”.

    Esses ganhos, segundo o documento, resumem-se nos sectores da saúde, fomento de emprego para o bem-estar social, desenvolvimento e crescimento económico, para que continue a chegar a toda franja de cidadãos, sobretudo os mais desfavorecidos. Apresentado em síntese, no plano cívico e institucional, o CPO, tal como os demais partidos, defendem incondicionalmente a consolidação do Estado democrático e de direito, descentralização administrativa e justiça. No plano económico e financeiro, prima pelo programa de ajustamento macro-económico, consolidação orçamental, sustentabilidade das finanças públicas, promoção da poupança e redução do endividamento, fortalecimento do sistema bancário e do financiamento à economia. Constam igualmente o programa de crescimento, competitividade e emprego, redução de custos de produção para as empresas, concorrência e regulação de mercados.

    Ainda neste sector produtivo, o Conselho Político de Oposição (CPO) prima pela revitalização da estrutura produtiva, agricultura, recursos marinhos, fomento das exportações, indústria transformadora, turismo, estímulos específicos às micro, pequenas e médias empresas e transportes e seus variados serviços. Já no plano administrativo público, o CPO é por uma administração pública eficiente, sustentável e centrada no cidadão, estruturação e promoção das parcerias público-privadas.

    Enquanto isso, no que tange ao plano de desenvolvimento social e humano, prevê a criação e promoção de programas de proteção, coesão, inclusão e solidariedade social. A consolidação do sistema nacional da educação e ensino, melhoramento do sistema nacional de saúde pública, concessão e execução das políticas para cultura e desportos, de uma nova política para a juventude, melhoramento e execução das políticas de habitação, saneamento ambiental e outros, engrossam ainda o leque das linhas de força do CPO, que disse, numa primeira fase, almejar o Parlamento, e, nos anos subsequentes, governar o país. No plano diplomático, esta coligação defende o reforço da diplomacia económica, aprofundamento do espaço lusófono, valorização das comunidades angolanas no exterior do país e fortificar as relações com outros Estados, diz o seu manifesto eleitoral apresentado a centenas de militantes, simpatizantes e convidados que acorreram ao anfiteatro do Instituto Nacional da Criança (INAC), local que albergou o acto.

    CASA-CE CONVIDA PRESIDENTE DO MPLA PARA DEBATE TELEVISIVO
    O repto foi lançado pelo seu presidente, Abel Epalanga Chivukuvuku, nesta terça-feira, 31,em Luanda, durante a abertura da campanha eleitoral da coligação que dirige, num acto assistido por uma considerável moldura humana, entre militantes, simpatizantes, convidados e curiosos que se deslocaram ao local.

    Durante a cerimónia, que contou com todos os responsáveis desta frente política, o político apelou aos seus militantes e não só para afluírem às urnas e votarem com civismo na CASA-CE e no seu cabeça de lista. Ao referir-se ao convite formulado a José Eduardo dos Santos, disse ser normal o debate em sociedades democráticas, pois serviria para diferenciar os programas eleitorais. Com a apresentação dos “princípios estruturantes do programa de governação”, Abel Chivukuvuku, antigo militante da UNITA, partido que serviu por mais de 30 anos, não poupou críticas ao MPLA pela “má governação”, afirmando que uma boa parte da população vive numa linha de extrema pobreza. Com base nisso, Chivukuvuku convidou os eleitores para, no dia do voto, fazerem a melhor escolha de quem deverá governar o país no próximo quinquénio. Cabeça de lista pela coligação CASA-CE, Abel Chivukuvuku criticou igualmente a Televisão Pública de Angola(TPA) acusando-a de parcialidade e de manipular os factos. Esta força política é composta por quatro vice-presidências, resultando do mesmo número de partidos. É a mais nova força política surgida no xadrez político angolano, depois das eleições realizadas há quatro anos.

    FONTE: O País

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