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    Partidos da CASA-CE estranham ausência do Bloco Democrático na tomada de posse do novo coordenador

    Os cinco partidos que compõem a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA- CE) estranharam a ausência do Bloco Democrático (BD) durante a cerimónia da tomada de posse do novo coordenador da organização, André Mendes de Carvalho, que substituiu Abel Chivukuvuku na presidência desta formação política.

    “A direcção do Bloco Democrático participou nas reuniões de concentração para a cerimónia da tomada de posse. Dois dias antes do acto, fomos surpreendidos como uma declaração contrariando o que foi acordado”, lamentou o membro do colégio presidencial, Manuel Fernandes citado pelo NJOnline.

    Segundo este dirigente da CASA-CE, não obstante a ausência, os líderes dos Partidos para o Desenvolvimento e Democracia de Angola – Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA),Partido Pacífico Angolano (PPA) e Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), vão continuar a dialogar com o Bloco Democrático.

    “Tendo sido deliberadamente preterido na decisão, não se considera vinculado a uma deliberação para a qual não foi consultado, e que um processo dessa magnitude deve ater-se à lei e à jurisprudência do Tribunal Constitucional (TC), acórdão 109/2009”, argumenta o BD na declaração enviada aos seus homólogos, onde insiste que Abel Chivukuvuku é ainda o presidente da CASA-CE por força do pacto de coligação, reconhecido pelo Acórdão 497/18 do Tribunal Constitucional.

    O Bloco Democrático entende que o afastamento de Abel Chivukuvuku tem que ser argumentado em razões políticas relevantes.

    Recorde-se que cinco dos seis líderes dos partidos políticos afectos à CASA-CE decidiram, afastar o seu presidente, Abel Epalanga Chivukuvuku, por alegada “quebra de confiança” e, em sua substituição, foi indicado André Mendes de Carvalho “Miau” para dirigir a 3ª força política do país, com 16 assentos parlamentares na Assembleia nacional.

    A medida ocorre num contexto de mal-estar que assola a coligação, numa altura em que os “Independentes” se preparam para entrar no Bloco Democrático que segundo uma fonte da Coligação admitiu ao NJOnline,, em breve, deverá formalizar a sua saída da CASA-CE.

    Apesar deste mal-estar evidente, o líder da Coligação, André Mendes de Carvalho, já veio a público pedir que os militantes da CASA-CE mantenham o respeito pelo ex-líder.

    O 2º vice-presidente da Coligação, Alexandre Sebastião André, explicou que o órgão determinou a demissão do agora ex-líder da CASA Chivukuvuku que é acusado de fazer oposição contra a própria Coligação e de ter concentrado todos os poderes na sua pessoa.

    Em Agosto último cinco dos seis partidos que constituem a coligação pediram ao Tribunal Constitucional uma clarificação sobre a gestão dos fundos e sobre a presença de independentes nos órgãos de direcção da CASA-CE.

    O Tribunal esclareceu que os independentes não podem fazer parte do Conselho Presidencial da coligação e proibiu Abel Chivukuvuku de criar um novo partido dentro da estrutura existente

    A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) foi criada em Abril de 2012 por Abel Chivukuvuku tendo integrado os cincos partidos meses antes da realização das eleições do mesmo ano.

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