Pelo menos 150 partos espontâneos são mensalmente assistidos em residências ou na rua por parteiras tradicionais nas comunidades da província da Huíla, informou hoje, terça-feira, no Lubango, a presidente da Associação Nacional de Parteiras Tradicionais, Cristina Chipolesso.
Em declarações à Angop, sobre a actividade da classe, a responsável disse que actualmente a nível das comunidades, as parteiras tradicionais só realizam partos esporádicos.
Os partos complicados, explicou, são encaminhados aos hospitais mais próximos, para um acompanhamento especializado.
Informou que, desde 2014, as parteiras tradicionais não recebem materiais de primeiros socorros e cada associada é obrigada a comparar o seu equipamento para efectuar os partos espontâneos, situação que dificulta o trabalho destas profissionais.
Ressaltou que as parteiras tradicionais ligadas à associação são promotoras e agentes de saúde pública, são permitidas a apoiar as parturientes nas salas de parto dos hospitais.
“Esta parceria permite que mais mulheres possam procurar os serviços de saúde, para as consultas pré-natais, testagem voluntária do VIH/SIDA, entre outras doenças. Somos uma associação parceira do Governo há dez anos”, salientou.
Apelou às parteiras tradicionais da região que exercem a actividade sem estar licenciadas no sentido de filiarem-se à associação para estarem reconhecidas pela Direcção Provincial da Saúde da Huíla e beneficiarem de certas acções formativas.
O sector da Saúde da província da Huíla controla mil e 612 parteiras tradicionais, das quais 312 estão localizadas no município do Lubango.