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    Pais dos 43 estudantes desaparecidos no México apelam a presidente

    Os pais dos 43 estudantes desaparecidos no México em 2014 exortaram hoje o presidente eleito Andrés Manuel López Obrador a esclarecer este caso que ainda permanece sem solução.

    Passados quatro anos do desaparecimento de mais de quatro dezenas de estudantes da escola do magistério primário de Ayotzinapa, estado de Guerrero (sul), estes trágicos acontecimentos continuam a ensombrar o México.

    O drama tornou-se no símbolo das violências que assolam o país e dos graves problemas que prevalecem, em particular as ligações entre cartéis da droga e certos responsáveis políticos e policiais corruptos.

    Na noite de 26 para 27 de setembro de 2014, os estudantes da designada escola normal rural de Ayotzinapa, que tinham ocupado cinco autocarros para garantirem a participação numa manifestação na capital federal, foram atacados por agentes da polícia municipal de Iguala sob as ordens do presidente do município local.

    Segundo as autoridades, os polícias entregaram de seguida os estudantes a membros do cartel dos Guerreros Unidos, que os terão confundido com membros de um cartel rival e optado por matá-los, incinerando depois os corpos numa lixeira.

    No entanto, peritos independentes da Comissão interamericana dos direitos humanos (CIDH) contestaram esta versão num relatório divulgado em 2015.

    Os pais dos 43 estudantes têm previsto para hoje um encontro com López Obrador, que assume a presidência do México em 01 de Dezembro, e que já se comprometeu em garantir justiça às vítimas.

    “Vamos pedir-lhe para criar uma comissão de inquérito com apoio internacional”, explicou o advogado das famílias, Vidulfo Rosales.

    “Nunca saberemos o que sucedeu caso nos apoiemos apenas no sistema judicial” mexicano, acrescentou.

    Na sua perspectiva, existem “sinais encorajantes” que permitem pensar que o futuro governo pretende solucionar este caso, mas “muito dependerá desta reunião”.

    A ONU também reiterou as suas críticas à versão oficial do atual Governo do Presidente conservador Enrique Peña Nieto, considerando-a “insustentável”.

    “É inquietante que o Governo esteja obstinado em apoiar o insustentável e tente reduzir ao silêncio ou desacreditar as vozes que questionam essa versão”, denunciou em comunicado o gabinete mexicano do Alto comissariado da ONU para os direitos humanos.

    O desaparecimento dos 43 estudantes provocou uma forte reação interacional e esteve na origem de numerosas manifestações e acções de protesto, por vezes violentos, contra o Executivo de Peña Nieto.

    Segundo diversos peritos independentes, os estudantes poderão ter sido atacados após terem desviado inadvertidamente um veículo com um carregamento de heroína destinado aos Estados Unidos. (Notícias ao Minuto)

    por Lusa

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