Luanda – O padre da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, António Mbuku, disse neste domingo, em Luanda, que actualmente homens e mulheres estão cada vez mais infiéis para com os seus cônjuges ou parceiros por não primarem pela fidelidade e pela falta de preparação para o sacramento do matrimónio.
Em declarações à Angop, à margem da missa dominical, o religioso referiu que os jovens quando se deparam com dificuldades pensam que a solução é desfazer-se do casamento, remetendo o sentimento para o segundo plano.
Apelou aos cidadãos a serem fiéis aos compromissos que assumem na vida, como Jesus Cristo que deu a sua vida, com fidelidade para salvar a humanidade.
“A fidelidade é uma virtude inerente a vida humana e significa cumprir com os compromissos assumidos com responsabilidade”, sublinhou.
Quando alguém abandona a sua religião, deixa de ter fé em Jesus Cristo ou trai a sua esposa, refere, está a ser infiel. Este comportamento reprovável, de acordo com o padre, prejudica quem o pratica, o parceiro e as respectivas famílias.
“Faço muitos casamentos e fico feliz quando assumem este compromisso. Mas depois da convivência o relacionamento fica difícil por inúmeras causas, uma das quais a infidelidade”, disse.
Para o sacerdote, as igrejas devem orientar os seus fiéis a cultivarem a fidelidade para preservação da sua integridade moral e do matrimónio.
“A igreja católica tem passado essa mensagem na catequese e nos cursos de noivos. Mas a globalização influência muito as pessoas. Imitam tudo, sem pensar nas consequências”, ressaltou.
O padre aconselha os casais a construírem um relacionamento assente na sinceridade, diálogo, amor e caridade, em nunca esquecer a oração.
“Não há casal que não tem problema. Por isso, é importante que rezem, perdoem as falhas de cada um e reconciliem-se”, reforçou, dando a conhecer que os padres têm tido dificuldades para reconciliar os casais.
No entanto, recomendou ainda aos familiares a ajudarem os casais a ultrapassarem os conflitos, para não prejudicar os filhos.
“Temos que trabalhar muito para promover no seio das famílias valores como a fidelidade”, concluiu. (portalangop.co.ao)