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    Organização da Miss Universo corta relações com o organizador indonésio devido a alegações de abuso sexual

    A Organização Miss Universo anunciou que cortou os laços com o “franchising” indonésio e que vai cancelar um concurso a realizar na Malásia, depois de as concorrentes se terem queixado à polícia, acusando os organizadores locais de assédio sexual.

    A organização, sediada em Nova Iorque, declarou ter decidido cortar os laços com a PT Capella Swastika Karya e com a sua diretora nacional, Poppy Capella.

    Seis concorrentes de um concurso de Miss Universo Indonésia apresentaram recentemente queixa à polícia, acusando os organizadores locais de lhes terem pedido que se despissem até à roupa interior para fazerem um “exame corporal” para detetar cicatrizes ou celulite, numa sala com cerca de duas dúzias de pessoas presentes, incluindo homens.

    Cinco das concorrentes disseram que foram fotografadas em topless.

    “À luz do que soubemos que aconteceu no Miss Universo Indonésia, tornou-se claro que esta franquia não correspondeu aos padrões e à ética da nossa marca”, disse a Organização Miss Universo no X (anteriormente conhecido como Twitter).

    A organização anunciou que iria cancelar o Miss Universo Malásia deste ano, uma vez que o “franchising” indonésio também detém a licença para o concurso. A mesma organização acrescentou que tomaria providências para que a detentora do título de Miss Universo Indonésia 2023 competisse no concurso de Miss Universo a ser realizado em El Salvador no final deste ano.

    O concurso Miss Universo Indonésia realizou-se de 29 de julho a 3 de agosto para escolher a representante da Indonésia no concurso Miss Universo 2023, ganho por Fabienne Nicole Groeneveld.

    A PT Capella Swastika Karya é uma empresa de produtos e serviços de beleza indonésia que, em março, assumiu a licença de Miss Universo Indonésia da Yayasan Putri Indonesia ou YPI, uma fundação indonésia que detinha a licença há 30 anos.

    A fundadora da empresa, Poppy Capella, negou o seu envolvimento no exame físico durante o concurso e afirmou que é contra qualquer tipo de “violência e assédio sexual”.

    “Eu, como diretora nacional e proprietária da licença Miss Universo Indonésia, não estive envolvida em nada e nunca soube, ordenei, solicitei ou permiti que alguém que desempenhou um papel e participou no processo Miss Universo Indonésia 2023 cometesse violência ou assédio sexual através do exame corporal”, publicou a responsável nas redes sociais.

    Hengki Haryadi, diretor da polícia de Jacarta, disse que as autoridades ainda estão a examinar as câmaras de vigilância do local e que os investigadores vão entrevistar as vítimas e prestar-lhes assistência psicológica.

    A Organização Miss Universo enfatizou que não há medidas como altura, peso ou dimensões corporais necessárias para participar num concurso de Miss Universo em todo o mundo e agradeceu às concorrentes indonésias “que têm a coragem de falar”.

    “Para as mulheres que se apresentaram no concurso da Indonésia, lamentamos que esta tenha sido a vossa experiência com a nossa organização”, afirmou, acrescentando que estão também a avaliar o atual contrato de franquia e as políticas destinadas a evitar que este tipo de conduta ocorra no futuro em todo o mundo.

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