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    Ordem dos Médicos reclama não ser tida em conta na gestão da Covid-19

    A bastonária, Elisa Gaspar, disse em exclusivo a OPAÍS que desde o início de funções da Comissão Multisectorial de Combate e Prevenção a Pandemia da Covid-19, a mesma “nunca solicitou ou convidou a Ordem para alguma contribuição técnica e científica”.

    A responsável da agremiação sócio-profissional dos médicos angolanos teceu estas considerações na tarde de 7 de Setembro, à margem do pronunciamento da instituição sobre as circunstâncias da morte do médico Sílvio Dala, ao que se diz ocorrida em sede de uma esquadra policial, no passado dia 1 de Setembro.

    “A Ordem indicou um colega (presidente do colégio de medicina legal) para estar presente na autópsia. Assistiu e fez um relatório que, ainda não chegou porque tem trâmites legais. A Ordem é uma instituição e os colegas que fizeram a autópsia também são outra. Então estamos a aguardar que mandem o laudo para podermos realmente ver o que é que se passou”, garantiu, Elisa Gaspar.

    Depois de tomar contacto com o laudo, a Ordem dos Médicos de Angola (ORMED) assegura que estará em melhores condições para emitir “um parecer, porque não podemos fazer juízos sem realmente estarmos documentados”, afirmou.

    A bastonária “lamenta a morte do profissional que é, antes de tudo, um ser humano que se vai para além de já sermos poucos e que com a pandemia estarmos a trabalhar 24/24h”. Quanto ao uso de máscaras faciais, reitera, “as máscaras cansam e para profissionais que as usam durante o seu labor, pior ainda”.

    Por outro lado, a bastonário tinha dito ainda que cientificamente está provado que dentro do carro e sozinho não há grandes probabilidades de infectar alguém ou infectarmo-nos a nós mesmos”.

    Importa frisar que, ontem, durante a conferência de imprensa, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, disse que no novo Decreto de Situação de Calamidade, que entra em vigor hoje, as máscaras continuam a ser de uso obrigatório, com excepção para quem estiver no interior da viatura sozinho.

    Referindo-se a não inclusão da Ordem na gestão de uma situação que envolve quase em toda a sua dimensão profissionais de saúde, incluindo os médicos, Elisa Gaspar lamentou o facto de a ORMED não ter sido “tida em conta”. “Devem consultar os órgãos.

    A Ordem devia estar presente em todos os órgãos dentro desta Comissão Interministerial de Luta contra a Covid-19, para poder ver estas questões. A Ordem tem os colégios todos de especialidade. Há questões que deviam ser estes órgãos de especialidade a ditar e não outras pessoas.

    Já estivemos a conversar com os colégios todos e nenhum deles recomendou que as pessoas dentro dos carros e sozinhas, por exemplo, devessem usar máscaras”, afirmou a bastonária. (O País)

     

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