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    Orçamento para a investigação preocupa docentes

    Alguns segmentos da comunidade académica da província da Huíla, mostram-se preocupados com as verbas que estão destinadas à rubrica de investigação científica em educação no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2021 aprovado recentemente na generalidade no parlamento.

    Na visão do professor universitário, Evanilton Pires, uma razão terá pesado para tal alocação por parte dos decisores, embora discorde para o caso em análise para as discrepâncias existentes.

    O também engenheiro ambiental fala mesmo da desvalorização de uma área de extrema importância.

    “Eu questiono-me se há necessidade de haver tantas viagens”, disse o professor que a investigação é um sector que “a longo prazo garante um desenvolvimento generalizado”.

    Não creio ser uma atitude muito sábia uma vez que eu como professor universitário e investigador também sinto de certa forma esta atividade desvalorizada”, disse.

    Com muitas reservas, os académicos esperam ainda assim que haja alguma melhoria na alocação de verbas para a investigação científica já em sede do debate das comissões especializadas da Assembleia Nacional (AN).

    Na discussão do documento antes da sua aprovação, a UNITA o maior partido na oposição, chegou a questionar por exemplo, como compreender que a rubrica relacionada com viagens tinha uma dotação orçamental de 19 mil milhões de kwanzas contra os sete mil milhões de kwanzas para a investigação e desenvolvimento em educação.

    Para João Francisco do Sindicato Nacional de Professores (SINPROF) na Huíla, este é um sinal revelador do fraco investimento na ciência em Angola, o que de certa forma ajuda a explicar muitos dos problemas enfrentados pelo país.

    “Temos problemas por exemplo dos tremores de terra que estão a acontecer um pouco por todo o país temos problemas da seca da estiagem falta de água da morte constante do gado temos problemas da produção não conseguimos atingir a fasquia suficiente para acabar com a fome no seio da população angolana, mas as nossas universidades não conseguem dar resposta porquê?”, interrogou.

    “É aí onde nos perguntamos para quê serve a universidade se não está em altura de dar solução aos problemas que afectam a população”, acrescentou.

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    FonteVoA

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