A Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, foi palco de novos confrontos esta segunda-feira. A agência France Presse fala em centenas de feridos.
Depois de um fim-de-semana marcado por confrontos, o cenário repetiu-se esta segunda-feira. De acordo com a agência France Presse, centenas de palestinianos ficaram feridos nos confrontos com polícias israelitas na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental. De manhã, centenas de palestinianos envolveram-se em confrontos com as forças israelitas neste que é o o terceiro local mais sagrado do Islão, chamado Monte do Templo pelos judeus.
Perante esta escalada de tensão, está prevista para hoje uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.
Na sexta-feira, mais de 200 pessoas, na sua maioria palestinianas, ficaram feridas em confrontos no mesmo local. No sábado e domingo a os ânimos acalmaram-se na Esplanada das Mesquitas mas a violência continuou noutros bairros de Jerusalém Oriental, deixando mais de uma centena de palestinianos feridos, de acordo com o Crescente Vermelho. A polícia israelita também fala em feridos nas suas fileiras.
Os confrontos marcam a subida de tensão no sector oriental de Jerusalém e na Cisjordânia, dois territórios palestinianos ocupados desde 1967 por Israel. Uma das causas é a ameaça de despejo de famílias palestinianas que vivem no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, e onde estão a ser construídas casas para colonos israelitas.
Os Estados Unidos pediram aos “responsáveis israelitas e palestinianos para acabar com a violência” e mostraram-se preocupados com a “potencial expulsão de famílias palestinianas de Sheikh Jarrah”.
Os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, Marrocos e o Sudão – quatro países árabes que normalizaram as relações com Israel nos últimos meses – mostraram-se “profundamente preocupados” e pediram calma a Israel. A reacção foi a mesma da parte dos Estados Unidos, Rússia, ONU e União Europeia. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, também pediu “contenção” a Israel.