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    No parlamento angolano há expectativas diferentes sobre discurso do presidente

    Presidente Jose Eduardo dos Santos (Foto: F. Miudo)
    Presidente Jose Eduardo dos Santos (Foto: F. Miudo)

    Os dois principais partidos da oposição angolana disseram que o presidente angolano deverá abordar,  Quinta-feira, a  crise financeira e económica que assola o país, esclarecer o montante da divida que contraiu com a China, as prisões dos activistas acusados de rebelião e ainda os confrontos com membros da seita “A Luz do Mundo” no Huambo.

    Mas um porta voz do partido maioritário disse que se é verdade que a questão da situação financeira do pais deve ser abordada, o presidente não deverá abordar “assuntos de outros poderes” como o judicial.O Presidente Eduardo dos Santos vai falar, Quinta-feira, na abertura de mais uma sessão parlamentar naquilo que é descrito com o seu discurso sobre o estado da nação.

    Raul Danda, chefe da bancada parlamentar da UNITA que o presidente deve “resolver problemas e não cria-los”.

    “Queremos que ele nos traga soluções para a crise que graça e desgraça o país”, disse Danda  para quem o Presidente dos Santos deverá também divulgar ao país “quanto pediu de empréstimo a China, e falar sobre Kalupeteka e o caso de Cabinda”.

    Julino Kalupeteka é o líder da seita religiosa “Luz do Mundo” e encontra-se preso desde os incidentes no Monte Sumi no Huambo  onde a polícia diz terem morrido nove policias e 13 membros da seita.

    A oposição diz haver informações de que centenas de pessoas foram mortas.

    “Queremos ouvir explicações sobre os muitos angolanos que morreram no Monte Sumi …. E se depois de 36 anos de poder tem uma solução plausível sobre o problema de Cabinda que não passe pelas Kalashnikovs e deve dizer também quanto foi pedir emprestado a China”, acrescentou.

    O líder da bancada da CASA-CE, André Gaspar de Carvalho diz que no discurso do presidente deve haver “um tema que é incontornável a crise financeira e económica que assola o país e a expectativa ‘é que de uma vez por todas o presidente esclareça qual ‘é o valor da divida que contraiu com a China”.

    Miau quer também ver o presidente da republica se debruçar sobre o lixo em Luanda e a prisão dos activistas.

    João Pinto da bancada parlamentar do MPLA acredita que o chefe de estado fale sim da situação económica do país mas não crê que fale dos assuntos de fórum jurídico.

    Para Pinto o presidente irá certamente  abordar “as dificuldades que o país está a viver com o preço do petróleo a 40 dólares, com os cortes nas despesas públicas”.

    “Parece-me que o presidente vai como sempre dar resposta aos grandes problemas políticos do ano mas não creio que fale sobre assuntos de outros poderes como o da justiça”, acrescentou. (voa-com)

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