As nascentes dos rios da província do Huambo estão em risco de desaparecer, caso não sejam tomadas medidas urgentes, devido ao crescente aumento de construções ao redor das mesmas.
O alerta é do director do Centro de Ecologia Tropical e Alterações Climáticas (CEETAC), Armindo Lauriano, quando apresentava hoje à Angop, às conclusões parciais da primeira fase do estudo das nascentes da região.
Segundo ele, os especialistas analisaram 43 locais onde nascem os rios, tendo concluído que a situação inspira cuidados sérios, pela sua influência directa no sistema hídrico.
Além das construções feitas ao redor das nascentes, Armindo Lauriano informou que outras ameaças são a desflorestação, a deposição de resíduos sólidos, lavagem de roupa e viaturas e a erosão dos solos.
Explicou que maior parte das 43 nascentes estudadas se encontram, essencialmente, no interior das zonas urbanas, sendo as que apresentam maior risco de desaparecimento.
A título de exemplo apontou as nascentes do Kalohumbula, na estufa-fria, e do rio Kalomanda, ambos próximo do centro da cidade do Huambo, cuja pressão humana é maior.
Afirmou que as nascentes dos cursos de água são fundamentais para as bacias hidrográficas, referindo que o desaparecimento das mesmas provocaria a seca dos rios, a carência de água, de alimentos e, principalmente, a instabilidade social.
Por estes motivos, o director do Centro de Ecologia Tropical e Alterações Climáticas considerou fundamental o envolvimento de todos, sobretudo os órgãos de comunicação social, na preservação e conservação das nascentes. (Angop)