Mais de 70 mil pessoas participaram hoje no mega-comício do MPLA no Huambo, onde o líder do partido e candidato presidencial, José Eduardo dos Santos, se manifestou confiante que o sector privado vai continuar a contribuir para o crescimento da economia angolana.
«O Estado vai continuar a retirar-se da produção de bens e serviços para que esta tarefa seja levada a cabo pelas pequenas, médias e grandes empresas privadas», afirmou o presidente, que esteve esta manhã no antigo reduto da UNITA, mobilizando, segundo fontes do SOL, um número consideravelmente maior de pessoas do que os eventos levados a cabo pelo presidente do ‘Galo Negro’, Isaias Samakuva, ou da CASA-CE, Abel Chivukuvuku.
O Huambo foi a quinta província visitada pelo líder do MPLA no âmbito da campanha eleitoral para o pleito agendado para o dia 31 deste mês. Na próxima semana, o Presidente do MPLA deverá fazer uma acção de campanha em Benguela (segunda-feira) e outra no Lubango – onde deverá encerrar a campanha.
No evento do Huambo, José Eduardo dos Santos garantir que assume «em nome do MPLA, o compromisso de reforçar o apoio de todo o tipo aos empresários angolanos, para que eles tenham empresas fortes que ocupem um grande espaço no nosso mercado»
«Não são só as grandes empresas estrangeiras, como a Teixeira Duarte, a Odebrecht, a Total-Elf, a Chevron, que devem prosperar e levar grande parte do dinheiro que ganham para os seus países», disse o responsável, que defendeu ainda que «devemos também encorajar todos os angolanos que têm poupanças no estrangeiro a depositar o seu dinheiro nos nossos bancos e a realizar aqui os seus investimentos. Nós não fazemos uma política contra os angolanos ricos. Pelo contrário. Queremos que eles contribuam para o desenvolvimento nacional».
Eduardo dos Santos reiterou que o combate á fome e à pobreza é uma prioridade do MPLA e do seu Governo, e que esta «luta» vai ser intensificada no próximo mandato, se o MPLA ganhar as eleições. «A meta é a construção de uma sociedade de bem-estar social, sem pobreza. É um grande desafio, mas podemos vencê-lo trabalhando todos juntos», afirmou.
O responsável anunciou ainda que o MPLA quer aplicar um programa administrativo, económico e social de intervenção no Reino do Bailundo, no próximo mandato. «Será a primeira experiência governamental de reconhecimento do papel dos costumes, instituições, usos e tradições das comunidades tradicionais como fundamentais na construção da Nação, na coesão social e na afirmação da cidadania angolana», explicou o Presidente da República.
«O Reino do Bailundo servirá, pois, como experiência piloto, a ser estendida posteriormente a outros reinos do Norte, Leste, Sul, Sudeste e Centro Norte do país», disse.
FONTE: Angop