O governo moçambicano garantiu hoje que as Forças de Defesa e Segurança estão determinadas em “aniquilar os cabecilhas” dos grupos armados que protagonizam ataques na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
O ministro da Defesa moçambicano, Jaime Neto, disse esta quarta-feira que as Forças de Defesa e Segurança estão determinadas em “aniquilar os cabecilhas” dos grupos armados que protagonizam ataques na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
“As Forças de Defesa Segurança estão determinadas em perseguir e aniquilar os cabecilhas destes grupos”, declarou Jaime Neto.
Na primeira intervenção da sessão desta manhã na Assembleia da República, o primeiro-ministro moçambicano referiu que cerca de 500 mil pessoas já foram obrigadas a fugir dos distritos assolados pela violência armada, tendo-se abrigado noutros pontos de Cabo Delgado e fora da província.
Carlos Agostinho do Rosário, assegurou que a assistência humanitária aos deslocados está a ser providenciada pelas autoridades.
“Criamos centros de acomodação transitórios a partir dos quais os deslocados são encaminhados para as zonas de reassentamento em coordenação com as autoridades locais. Acreditamos que com essas e mais acções estamos a minimizar o sofrimento das pessoas afectadas”, explicou.
O chefe do executivo apelou à unidade de todos, salientado que o alcance da paz é a prioridade deste governo.
“Este é um dos momentos da vida dos moçambicanos em que não deve haver espaço para diferenças partidárias, de etnia, raça e tribo, que nos impeçam de lutar e mantermo-nos vigilantes perante a acção dos terroristas”, enfatizou.
Carlos Agostinho do Rosário falava na Assembleia da República na sessão de perguntas e respostas entre o executivo e os deputados do parlamento moçambicano.
A violência armada em Cabo Delgado dura há três anos e está a provocar uma crise humanitária com cerca de 2.000 mortes e 435 mil deslocados, refugiados, sobretudo, na capital provincial, Pemba.