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Teve lugar esta quarta-feira mais uma ronda de diálogo entre o governo e a Renamo, sem consensos quanto às funções dos observadores internacionais, que vão monitorisar a cessação de hostilidades em Moçambique.
Esta quinquagésima primeira ronda, terminou sem consensos quanto às funções dos observadores internacionais, entre os quais peritos militares, que vão monitorisar e garantir a cessação de hostilidades em vários pontos de Moçambique, tal como exigido pelo principal partido da oposição.
O chefe adjunto da delegação do governo e ministro dos Transportes e Comunicações Gabriel Mutisse, anunciou que o governo vai enviar convites aos nove países participantes na missão estipulando quais os termos de referência das suas participações, e pretende que além da cessação de hostilidades a missão trabalhe na desmilitarização do principal partido de oposição e culpa a Renamo pelo impasse.
As partes acordaram no entanto que esta missao será composta por 70 observadores nacionais e 23 internacionais, oriundos de 9 países : Cabo Verde, Portugal, Grã-Bretanha, Estados Unidos da América, Zimbabwe, África do Sul e Botswana e que lidera o comando e na semana passada, governo e Renamo chegaram a acordo sobre a duração desta missão, que será de 135 dias prorrogáveis.
Saimone Macuiane, chefe da delegação da Renamo nestas rondas negociais, afirma por sua vez que a questão da desmilitarização do seu partido “é uma fase subsequente nas negociações referentes às Forças de Defesa e Segurança, para a qual ainda não há acordo, sendo a cessação de hostilidades e o cessar-fogo uma questão prévia… para a resolução da situação de forma duradoura e definitiva“, Saimone Macuinane alega ainda que a Renamo pretende incluir nos termos de referência desta missão, a integração dos seus militares na polícia, exército, Força de Intervenção Rápida e Serviços de Informação e Defesa do Estado. (rfi.fr)
