O líder da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, ameaça interromper o diálogo político com o Governo, devido a alegadas fraudes cometidas pela Frelimo, partido no poder, na segunda volta da eleição intercalar, que teve lugar esta quarta-feira, na cidade de Nampula, capital da província homónima, na região norte, noticia a AIM.
Falando em entrevista telefónica à estação de televisão independente STV, Dhlakama acusou a Frelimo de estar a transportar apoiantes de todas as regiões do país para irem votar em Nampula.
Segundo Dhlakama, alguns falsos eleitores “são de Cabo Delgado e alguns oriundos de alguns distritos da própria província de Nampula que estão agora espalhados, numa tentativa de votar porque foram convidados pela Frelimo”.
O líder da Renamo afirma que isso constitui uma “violação grosseira” da lei e da Constituição da República e que constitui um “atentado à democracia”.
Dhlakama disse que chegou a acreditar que Nyusi era melhor do que seus predecessores, Joaquim Chissano e Armando Guebuza, mas agora o desapontou.
Assim como na primeira volta, a Renamo possui dois delegados de lista em cada mesa de voto. Mais importante ainda, é o facto de a Renamo estar representada directamente no pessoal da mesa da assembleia de voto – cada mesa é constituída por sete membros provenientes dos partidos políticos com assento na Assembleia da República, nomeadamente Frelimo, Renamo e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM). (Angop)