O ministro dos Portos, Antônio Henrique Silveira, esteve na manhã desta quinta-feira em Santos e participou da cerimônia de inauguração oficial do terminal da Brasil Terminal Portuário (BTP). O evento contaria com a presença da presidente Dilma Rousseff, mas, na noite da última terça, ela cancelou sua vinda a Santos. Essa seria a primeira visita que ela faria ao cais santista desde a sua eleição, em 2010.
Durante cerimônia na nova instalação do cais santista, o ministro Antônio Siliveira anunciou a unificação de todas as dragagens do estuário, prometendo o fim dos entraves que impossibilitavam o trânsito de navios com maior calado (distância entre a linha d’água e o fundo da embarcação) ou de maior capacidade. “Será aberta uma licitação para serviço único do canal do Estuário, da bacia de navegação e dos berços de atracação”, disse.
Apesar da cerimônia de inauguração da BTP ter sido nesta quinta-feira, a instalação, dedicada à movimentação de contêineres, iniciou suas operações no último dia 14 de agosto, recebendo navios da armadora italiana MSC. O terminal concluiu a primeira fase de obras e está preparado para operar até 1,2 milhão de TEUs por ano.
A dragagem de aprofundamento do canal de acesso ao porto santista – para 15 metros de profundidade – ainda não foi homologada, o que ocasiona uma “restrição significativa” na capacidade de operação, nas palavras do diretor-presidente BTP Henry Robinson. Ele, entretanto, evitou críticas e elogiou o trabalho da Secretaria de Portos, classificando o Governo Federal como um “grande parceiro” para viabilizar a construção do complexo multiuso.
A dragagem é fundamental para que a BTP e os demais terminais instalados no Porto de Santos possam receber os grandes navios da nova geração que está sendo empregada na costa brasileira, com capacidade superior a 9 mil TEUs. “Estamos apelando junto ao ministro dos Portos pela rápida homologação da Dragagem pela Marinha. Esperamos que aconteça até o final do ano. A tendência mundial é que o tamanho dos navios cresçam, gerando economia de escala no transporte marítimo”. (atribuna.com.br)