O ministro da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos “Liberdade”, reiterou, hoje (sábado), no Cuito (Bié), o apelo à prontidão das Forças Armadas Angolanas (FAA), face aos próximos desafios do país, dos quais as eleições gerais previstas para 2022.
Ao falar aos efectivos da 4ª Divisão e Infantaria Militar/Bié, no quadro da visita de algumas horas à região militar centro (nessa província), o governante reafirmou a necessidade de mais unidade, disciplina e responsabilidade, de modo a se cumprir com rigor e determinação as exigências do Estado.
Sem dar mais pormenores, disse que o seu pelouro e o Comando Superior das FAA trabalham no processo de restauração e redimencionamento das FAA com termo previsto para 2028, porém, neste momento, em fase “muito avançada”.
Assim sendo, precisou, acredita-se que até final deste ano (2020) pode ser apresentado ao Presidente da República, João Lourenço, os primeiros resultados, do que será o “esqueleto” do Ministério e do Estado Maior das Forças Armadas Angolanas.
Na ocasião, o segundo comandante da quarta Divisão de Infantaria, tenente -general Paulo Santana Adão “Diaulo”, afirmou, entre outros, que os efectivos das FAA cumprem com a orientação de biossegurança e sobretudo apoiam a Polícia Nacional no asseguramento do Estado de Calamidade, face a covid-19.
Acompanhado do governador Pereira Alfredo, o governante deslocou-se de seguida à fazenda Agro-Industrial de Camacupa, actualmente sob gestão das FAA, para constatar “in-loco” os trabalhos ali desenvolvidos.
Essa fazenda e a do Manquete, no Cunene, constam dos dois projectos de desenvolvimento agropecuário resgatados em Outubro de 2018, em Decreto Presidencial, à cinco empresas detidas pelo Fundo Soberano, até então geridas pela Quantum Global.
O projecto de Camacupa, que gera mais de 100 empregos, é executado numa área de cinco mil hectares e propõe-se produzir 20 toneladas de milho e duas outras de soja/ano. Conta com uma unidade fabril para a transformação de farinha de milho e soja.