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    Ministro britânico das Finanças reverte “quase todos” os cortes fiscais

    Como afastar as nuvens negras que pairam sobre a economia britânica? Para o novo ministro das Finanças a receita é clara.

    Jermy Hunt anunciou, esta terça-feira, que vai fazer marcha-atrás nos polémicos cortes de impostos apresentados pelo antecessor, Kwasi Kwarteng, e que deixaram os mercados financeiros à beira de um ataque de nervos.

    “Vamos reverter quase todos os cortes dos impostos anunciados no plano de crescimento há três semanas atrás. Em segundo lugar, decidi que a taxa mínima de IRS vai manter-se nos 20% e assim continuará, de forma indefinida, até que as circunstâncias económicas permitam um corte”, sublinhou Hunt, antigotitular dos Negócios Estrangeiros e da Saúde e duas vezes candidato, falhado, à chefia do Partido Conservador.

    Hunt disse ainda que se estão a ultimar cortes na despesa pública para responder à inflação galopante. O ministro das Finanças acrescentou que o teto máximo para o preço da eletricidade, de forma a ajudar as famílias a suportar as faturas energéticas, será revisto em abril. Inicialmente previa-se que durasse dois anos.

    A estratégia de Jeremy Hunt deita por terra os planos da primeira-ministra britânica para a economia crescer.

    Liz Truss anunciou, a 23 de setembro, cortes fiscais avaliados em 45 mil milhões de libras. Mas acabou por dar um tiro no próprio pé, semeando o caos assim que se tornou conhecido o “mini-orçamento”, provocando a desvalorização da libra esterlina e forçando o Banco de Inglaterra a agir de emergência.

    O presidente dos EUA, Joe Biden, falou num “erro”, num inesperado comentário sobre uma decisão de política doméstica de um dos principais aliados.

    Mas este erro pode sair muito caro a Liz Truss. Há cada vez mais vozes dentro do Partido Conservador a exigir a demissão da primeira-ministra britânica e já há vários nomes que se perfilam para a sucessão.

    Casos de Ben Wallace, o ministro da Defesa, de Penny Mordaunt, líder da Câmara dos Comuns, e Rishi Sunak, ex-ministro das Finanças. Foi derrotado pela atual primeira-ministra na última ronda das eleições internas dos conservadores, depois da demissão de Boris Johnson.

    De acordo com a BBC, Jeremy Hunt é agora “o verdadeiro chefe do executivo.” Até ao final deste mês deverá apresentar um plano fiscal de médio prazo.

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