A ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, destacou nesta quinta-feira, em Luanda, o contributo do músico Moisés Kafala na valorização, divulgação e afirmação da cultura angolana.
O também director provincial da Cultura do Bengo morreu nesta quinta-feira, na Namíbia, vitima de doença.
Numa nota de condolência sobre a morte do músico e director da Cultura da província do Bengo, Carolina Cerqueira avança que, como destacado homem de cultura, particularmente na vertente musical, Moisés Kafala pautou a sua vida artística defendendo e valorizando a identidade cultural angolana, com a criação de canções que marcaram o quotidiano dos angolanos.
“Com um rico repertório musical, Moisés Kafala deixa um legado para as novas gerações, sendo um exemplo a seguir para a juventude que vê no mundo das artes o caminho para dar o seu contributo no desenvolvimento e afirmação do país no contexto das Nações”, lê-se na nota a que a Angop teve acesso.
Com início de carreira em 1979, Moisés Kafala ganhou individualmente, entre Vários prémios, o primeiro Festival Nacional da Canção Política, realizado em 1981 na província do Huambo, com o tema “África” e o Top dos Mais Queridos em 1985.Conquistou em 1989, com a música “Nguxi”, o Prémio Welwitchia da Rádio Nacional de Angola, na categoria melhor canção.
Em 1987, forma com o irmão Zé Kafala uma dupla que subiu pela primeira vez em palco no dia 14 de Abril do mesmo ano para actuar num espectáculo que teve lugar no Cine Karl Marx, em Luanda.
Alguns anos depois, o duo conquistou na Costa do Marfim o Festival de Masa, promovido pela Unesco.
Na sua carreira conta com três obras discográficas: “Ngola” gravada e apresentada na Inglaterra em 1988, a segunda “Salipo”, nos Estados Unidos da América (1995), e a terceira “Bálsamo” (2000), em França. (Angop)