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    Mfuca Muzemba abandona a UNITA e “promete novos desafios”

    Mfuca Muzemba, suspenso do cargo de secretário-geral da JURA, em 2013, decidiu, ontem, formalmente, pôr fim à militância na UNITA, tendo, ao Jornal de Angola, anunciado, para breve, a adesão a um novo partido.

    O antigo deputado foi, em Setembro de 2013, suspenso pelo Comité Permanente da UNITA, por um período de dois anos, sob a acusação de corrupção e tráfico de influências. Mfuca Muzemba manteve o assento no Parlamento, até ao termo do mandato, em 2017. Entretanto, desde a suspensão, as relações com a UNITA, partido que aderiu em 2007, nunca mais foram as mesmas.

    Ontem, o político de 39 anos endereçou, à direcção do partido, uma informação sobre a “renúncia à militância, por razões meramente pessoais”. “A vida política aconselha-nos, em cada período, a proceder balanços e tomar decisões que julgamos adequadas ao contexto. Após um longo período de afastamento, originado por sucessivos bloqueios internos, decidi renunciar a minha militância no partido”, escreve.

    Mfuca Muzemba diz que deixa a UNITA “sem qualquer sentimento de mágoa e muito menos tristeza”. Agradece a todos os que acreditaram em si e não mediram esforços para o apoiarem. “A decisão que agora tomo me torna livre como um peixe que volta para a água”, declara o político, que promete continuar a dedicar-se ao país.

    Na mesma carta, promete, para breve, o anúncio dos seus “novos desafios”. Questionado pelo Jornal de Angola sobre qual seria o novo partido, Muzemba pediu paciência, mas referiu que “as reflexões vão indicar-nos o caminho”.

    Reacção da UNITA

    Contactado pelo Jornal de Angola, o secretário-geral da UNITA, Álvaro Daniel, minimizou a renúncia de Mfuca Muzemba, afirmando que, na prática, este já não era militante do partido. “Tive acesso ao documento que ele endereçou ao partido. Para mim, o assunto deveria ter sido formalização da renúncia da militância”, disse.

    Álvaro Daniel contou que, depois de suspenso do cargo, o antigo secretário-geral da JURA furtou dos seus deveres de militante, não participando das actividades, nem pagando as quotas. Alguns quadros da UNITA ainda terão convencido Mfuca Muzemba a regressar ao partido, mas este não voltou.

    O secretário-geral da UNITA concluiu que o documento de Mfuca Muzemba deve ser enquadrado em dois cenários: ou ele quis dar show político ou então deve ter sido uma exigência do partido com o qual está em negociações, no sentido de garantir que formalizou a cessação da militância na UNITA.

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    FonteJA

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