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    Merkel: Coligação será com o SPD ou os Verdes se for preciso

    (Foto: demotix.com)
    (Foto: demotix.com)

    A chanceler alemã, Angela Merkel, disse este domingo que “é óbvio” que não vai governar em minoria, deixando claro que os parceiros preferidos são o SPD e os Verdes, num debate em que assegurou permanecer quatro anos no executivo.

    A líder do Governo alemão participava num painel televisivo quando explicou que era “óbvio” que não iria tentar governar com um executivo minoritário, caso não consiga alcançar a maioria absoluta que está próxima, mas ainda não confirmada pela contagem oficial dos votos.

    Merkel disse que esperava negociar com os partidos de oposição SPD e os Verdes: “Com grande probabilidade, as negociações de coligação vão ser conduzidas entre nós”, disse, olhando para os líderes desses dois partidos, que também participavam no mesmo debate.

    Durante o painel televisivo, Merkel desmentiu notícias que davam conta de que não pretende cumprir o mandato de quatro anos até ao fim, estando a preparar caminho para a sua sucessão: “Que mais posso dizer? Não acreditam em desmentidos?”, questionou a governante, acrescentando que “estar disponível nos próximos quatro anos é uma questão de comportamento responsável perante os eleitores”. “A minha imaginação está completamente ocupada até 2017, e não estou em posição esta noite de pensar para além disso”, concluiu.

    De acordo com projecções, com 42,5% dos votos a CDU surge bem distante do partido social-democrata (SPD), que com 25,9% dos votos está mais próximo do fraco resultado de há quatro anos.

    O aliado liberal de Merkel, o FDP, foi afastado do parlamento pela primeira vez no pós-guerra, com o resultado mais baixo de sempre: 4,6%, segundo as projecções. Os Verdes também baixaram para 8% (menos 2,7 pontos), vítimas de uma má estratégia de campanha e de uma polémica sobre a tolerância passada do movimento relativamente à pedofilia. A esquerda radical, Die Linke, desceu 3,5 pontos percentuais, para 8,4% dos votos.

    Com o segundo pior resultado do pós-guerra, o SPD parece ter sido derrotado pela desastrosa campanha do candidato Peer Steinbruck, repleta de ‘gaffes’ e polémicas. “Não conseguimos o resultado pretendido”, reconheceu Steinbruck.

    Em termos de lugares, a CDU-CSU conquistou 302 mandatos num total de 606. Três partidos de esquerda estarão representados no Bundestag: o SPD (185 lugares), o Die Linke (60) e os Verdes (57).

    Os eleitores alemães (61,8 milhões) aprovaram a gestão que Merkel fez da crise do euro e de ter sabido proteger a primeira economia europeia. Durante a campanha, a chanceler destacou o bom estado das finanças públicas e a descida do desemprego, para 6,8%. (jornaldenegocios.pt/LUSA)

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