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    Mercado avalia ES Saúde abaixo dos 300 milhões após estreia negativa em Bolsa

    (jornaldenegocios.pt)
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    Acções caíram mais de 2% no primeiro dia de negociação em bolsa. O mercado está a avaliar a companhia que controla o Hospital da Luz em 299 milhões de euros.

    As acções da Espírito Santo Saúde (ES Saúde) estrearam-se em bolsa com um comportamento negativo. Depois de terem começado o dia nos 3,20 euros (preço a que as acções foram vendidas aos investidores), as acções evoluíram de forma negativa ao longo do dia, fechando no mínimo do dia nos 3,13 euros.

    As acções caíram 2,19% face ao preço de venda na OPV, tendo no início da sessão chegado a subir 1,25% para 3,24 euros.

    Os investidores compraram 49% da Espírito Santo Saúde (ES Saúde) a 3,20 euros por título, o que corresponde ao valor mais baixo do intervalo definido inicialmente pela empresa na oferta pública de venda (OPV).

    Este preço avaliava a companhia em 306 milhões de euros, sendo que à cotação de fecho do primeiro dia em bolsa, a empresa apresenta uma capitalização bolsista de 299 milhões de euros. Ao preço máximo definido na OPV (3,90 euros), a empresa que controla o Hospital da Luz estava avaliada em 372 milhões de euros.

    No primeiro dia de negociação foram negociadas 4,23 milhões de acções, o que corresponde a 4,4% do capital da companhia e 9% dos títulos vendidos aos investidores.

    No primeiro mês de cotação o Credit Suisse pode realizar operações de estabilização das acções, o que poderá suportar os títulos quando estes negoceiam abaixo de 3,20 euros.

    Os analistas tinham já antecipado uma estreia com pouco fulgor por parte da ES Saúde, devido à fraca procura na OPV.

    Múltiplo acima da média do sector europeu

    “Alguns investidores estão a aguardar a descida do preço para comprar, o que poderá revelar que a cotação está desfasada em termos fundamentais, quando comparado com as congéneres europeias”, refere a XTB.

    “Os sinais de uma procura relativamente fraca e o facto de o preço final de venda ter sido fixado no limite mínimo do intervalo definido para a operação justificam uma postura cautelosa para as primeiras sessões de negociação das acções em bolsa”, adiantou Albino Oliveira, analista da Fincor, em declarações efectuadas antes da estreia em bolsa.

    Tendo em conta os resultados líquidos nos 12 meses até ao terceiro trimestre do ano passado (13,2 milhões de euros), a ES Saúde ficou a valer 23 vezes os lucros, “um múltiplo que está acima da média do sector europeu”, afirmou Steven Santos, da XTB.

    “A parte inferior do intervalo de preços foi desde o início a área desse mesmo intervalo onde a empresa melhor comparava com o sector Europeu”, diz Albino Oliveira. Mas alerta para “o prémio de risco que os investidores continuam a exigir para investir em Portugal, quando comparado com a Alemanha e a França, o que poderá justificar que a ES Saúde possa transaccionar a um desconto face a esses mesmos comparáveis”.

    A ESS entrou em bolsa com 2.800 accionistas, segundo a informação divulgada pela empresa na última sexta-feira. Este número de accionistas compara com os 25 mil conseguidos pelos CTT (a última OPV realizada em Portugal) e com os quase 195 mil da REN e 131,9 mil da Galp Energia.

    Os resultados da OPV revelaram que a procura total pelo público geral por acções da ES Saúde foi de 105,1% a oferta. Já os trabalhadores garantiram, no final da operação, 100% da oferta que ficou destinado para este segmento. Contudo, no início estava reservado para os trabalhadores quase 3,3 milhões de acções e no final foram atribuídas apenas 502,16 mil acções. No total, a procura foi de 104,9% a oferta.

    O público em geral subscreveu 9.363.140 acções, garantindo um encaixe de 29,96 milhões de euros. Os investidores institucionais compraram 37.452.564 acções, o que traduz um encaixe de 119,8 milhões de euros. No total a operação gerou um encaixe de 149,8 milhões de euros, sendo que 22,5 milhões de euros serão para a própria ES Saúde e o restante para os accionistas vendedores. (jornaldenegocios.pt)

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