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    MDM quer afirmar-se como “alternativa de governação” em Moçambique

    O I Congresso do MDM, que se realiza de quarta-feira a sábado na Beira, Sofala, centro de Moçambique, deverá “firmar” a terceira maior força política moçambicana como “alternativa de governação” no país, disse hoje à Lusa fonte da organização.

    A reunião, que pretende consagrar Daviz Simango na liderança do partido, vai “radiografar a saúde política” do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), além de eleger órgãos centrais, conselho nacional, novas comissões política e de jurisdição, disse à Lusa o porta-voz do congresso, José Manuel de Sousa.

    Segundo a mesma fonte, a comissão de jurisdição pretende corrigir os erros processuais que levaram o partido ao impedimento, pelos órgãos eleitorais, de concorrer em sete dos 11 círculos eleitorais do país.

    “O I Congresso deverá aprovar os estatutos, o hino e programas do partido para o próximo quinquénio. Olharemos para as várias agendas, que inclui a mulher e jovens, mas também apresentaremos moções de censura e analisaremos as realizações nas cidades da Beira e Quelimane (dirigidas pelo MDM)” disse o porta-voz.

    Ainda segundo a fonte, o I Congresso deverá traçar estratégias para os próximos atos eleitorais, autárquicas de 2013 e gerais (presidenciais e assembleias da República e provinciais) de 2014, mas não apresentará para já os nomes dos candidatos (às autarquias) para “não os desgastar”.

    “Queremos focar também a ausência em Moçambique de políticas de transporte e da agricultura, por isso esperamos deste Congresso resultados positivos e a saída de grandes resoluções para marcar a vida política do país” afirmou José Manuel de Sousa.

    O MDM foi criado em março de 2009, como resultado da dissidência do atual líder, Daviz Simango, na Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido da oposição, que o havia afastado como seu candidato a presidente da câmara da Beira, nas eleições de 2008. Simango concorreu como independente e foi eleito.

    Na sua primeira prova política, o MDM elegeu oito deputados nos quatro círculos eleitorais, nomeadamente na cidade de Maputo, Inhambane (sul), Sofala (centro) e Niassa (norte), o que lhe valeu a constituição de uma bancada parlamentar na Assembleia da República, quebrando a bipolaridade da “magna casa” dominado pela Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), partido no poder, e Renamo. Atualmente, o partido dirige também os municípios da Beira e Quelimane (centro).

    São esperadas no I Congresso da Beira mais de 700 pessoas, entre delegados e convidados de partidos políticos nacionais, Frelimo e Renamo, e internacionais como Movimento para a Mudança Democrática (MDC), do primeiro-ministro do Zimbabué, Morgan Tsvangirai, e Chadema, principal partido da oposição da Tanzânia, de Wilbrod Slaa. (lusa.pt)

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