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    “Mbinda” deixa profundo vazio – SG do MPLA

    O nacionalista Afonso Van-Dúnem “Mbinda”, pelas suas distintas qualidades, deixa com a sua morte, ocorrida sexta-feira, aos 73 anos de idade, um profundo vazio e uma perda irreparável, segundo o elogio fúnebre lido pouco antes do seu enterro, nesta terça-feira, no cemitério do Alto das Cruzes, em Luanda.

    Julião Mateus Paulo Dino Matross (Angop)
    Julião Mateus Paulo Dino Matross (Angop)

    Ao longo do seu percurso, Afonso Van-Dúnem distinguiu-se como militar, político e diplomata, segundo a mensagem lida pelo secretário-geral do MPLA, Julião Mateus Paulo “Dino Matross”, na presença de familiares e várias entidades, entre as quais o Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos.

    A mensagem salienta que descrever a obra do nacionalista é um exercício nada fácil, por estar-se diante de um “insigne, consequente, convicto, e brilhante combatente, nacionalista, patriota, político e diplomata, diante de um exemplo de devoção à luta que sempre colocou ao serviço da revolução e do povo.

    “As memórias que temos do camarada Mbinda, da sua persistência, determinação, bravura e firmeza, do seu espírito batalhador, dos sacrifícios suportados, das lutas travadas em vários domínios e frentes da acção política ao longo do processo político e revolucionário elevam-no para o púlpito dos grandes homens ao serviço da Pátria”, segundo Dino Matross.

    Adianta que o seu estilo afável e de trato fino, a sua preparação de elevado nível moral, cívico, ético e patriótico, a sua serenidade, o seu humanismo, humildade e simplicidade, sentido de responsabilidade, visão e convicções políticas e ideológicas enriquecem o acervo de valores e constituem o acervo de valores e constituem uma incontornável referência para todos e para as gerações vindouras.

    Afonso Van-dúnem aderiu à luta clandestina de libertação nacional em 1961, e entre outras foi o mestre de cerimónia da tomada de posse do primeiro Presidente, António Agostinho Neto.

    Foi o terceiro ministro das Relações Exteriores, tendo rubricado os acordos de Nova Iorque que ditaram a Independência da Namíbia, a libertação de Nelson Mandela e o fim do Apartheid na África do Sul.

    Já foi embaixador junto da ONU em Nova Iorque, deputado, e até ao momento da sua morte exercia o cargo de Presidente do Conselho de Administração da Fundação Sagrada Esperança.

    Foi membro do Bureau Político do MPLA e secretário para as Relações Internacionais do Comité Central do seu partido. Pelo seu sentido de missão e de responsabilidade no cumprimento das inúmeras responsabilidades foi condecorado com as medalhas de “Antigo Guerrilheiro”, “Antigo Combatente”, “Clandestinidade”, “10 de Dezembro”, “50 anos do MPLA”, “ Hoji-ya-Henda”, “Deolinda Rodrigues”, e de “Militante Vanguarda”.

    Foram-lhe atribuídos também diplomas de mérito do 1º grau Comandante Hoji-ya-Henda e do Ministério das Relações Exteriores. (portalangop.co.ao)

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