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    Após ataque, Israel facilitará porte de armas para autodefesa

    Polícias israelitas vasculham a área próxima da sinagoga que foi alvo de ataque na manhã desta terça-feira (18), em Jerusalém ocidental. (REUTERS/Ronen Zvulun)
    Polícias israelitas vasculham a área próxima da sinagoga que foi alvo de ataque na manhã desta terça-feira (18), em Jerusalém ocidental.
    (REUTERS/Ronen Zvulun)

    As autoridades israelitas informaram nesta terça-feira (18) que irão anular algumas restrições sobre porte de armas para garantir a autodefesa dos cidadãos. A decisão foi anunciada após o ataque a uma sinagoga em Jerusalém ocidental, nesta manhã, que deixou ao menos quatro mortos e nove feridos.

    De acordo com o ministro da Segurança Interior, Yitzhak Aharonovich, a medida concerne israelitas que têm porte de arma, como oficiais do exército ou seguranças de escolas. Quando a decisão for oficializada, eles poderão utilizar suas armas fora de seu trabalho e levá-las para casa.

    Aharonovich também anunciou o reforço dos controles de alguns bairros de Jerusalém oriental. O bairro onde viviam os autores do ataque desta manhã, Jabel Moukabber, teve sua entrada bloqueada pela polícia.

    O ministro prometeu a destruição das casas dos “terroristas”. A medida foi utilizada durante muito tempo em Israel até ser julgada “contraprodutiva”. “Nós também providenciaremos reforços suplementares de segurança e chamaremos voluntários para proteger as sinagogas”, completou Aharonovich.

    Além disso, o governo pretende pedir a autorização  da Justiça para realizar prisões administrativas. Se a decisão for aprovada, suspeitos poderão ficar detidos durante seis meses sem passar por julgamento.

    Ataque

    Nesta manhã, dois homens invadiram uma sinagoga em Jerusalém ocidental armados com facas, machados e uma pistola e atacaram fiéis. Quatro pessoas morreram e nove estão feridas, cinco delas em estado grave. Os dois palestinos autores do ataque foram baleados por policiais e morreram.

    Em um tom de provocação, o grupo Hamas e o movimento Jihad Islâmico, as duas principais forças extremistas palestinas, apoiaram a acção contra a sinagoga de um bairro de maioria judaica ultra-ortodoxa chamado Har Nof. Para o Hamas, o atentado dessa manhã foi uma resposta “à altura” à morte do motorista palestino Youssef Ramouni, encontrado sem vida dentro de um ónibus ontem.

    Vítimas

    Todas as vítimas que morreram no ataque eram rabinos. Três deles tinham nacionalidade norte-americana: Moshe Twersky, de 59 anos, Kalman Levine, de 55 anos, e Aryeh Kopinsky, de 43 anos. A outra vítima, Avraham Shmuel Goldberg, de 68 anos, era nascida no Reino Unido.

    A porta-voz do governo norte-americano, Jennifer Psaki, confirmou a nacionalidade das três vítimas. Um pouco antes, o ministério britânico das Relações Exteriores também confirmou a nacionalidade britânica de um dos mortos.

    Devido à presença de norte-americanos entre as vítimas, o FBI vai participar das investigações. (rfi.fr)

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