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    Margareth do Rosário // Aqueceu o Cacimbo para explodir em Novembro

    (OPAIS)
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    Se agora canta que lhe sobe a temperatura, num dos seus primeiros vídeos vimo-la imergir do mar, de bikini, ao som de uma música no estilo pop, linda, como se o mundo estivesse a nascer naquele instante. Mas o mundo da música tinha nascido para si muito antes, aos três anos de idade, numa caixa de bolachas.

    Com aquela idade, Margareth participara e vencera um concurso de música promovido pela Bolama, tendo recebido como prémio uma caixa de biscoitos. Em 1992 participou num concurso organizado por Kayaya Júnior, conhecido promotor cultural, e ficou com o título de Miss Sagrada Família, o nome da área onde morava, junto à igreja com o mesmo nome, na Maianga.

    Era altura em que cantar já não era coisa de menina em busca de uma caixa de bolachas. Começava a ser assunto sério. Imitava na perfeição Celine Dion, Suzana Lubrano, Yola Semedo (a pequenina dos Impactus 4), Patrícia Faria (das Gingas do Maculusso) e Isidora Campos (a do Sambapito). Mas viriam mais concursos, na Gala a Sexta-feira da TPA ganharia duas edições seguidas, ficando em quinto lugar na terceira edição. E eis que é “pescada” pelo produtor Beto Max, que a leva a integrar depois as Melomanias, com Yola Araújo e Djamila D`Elves).

    Foi a entrada definitiva no mundo da música e dos espectáculos. As Melomanias não duraram muito, cada uma delas foi construindo a sua carreira a solo, cada uma delas fazendo o seu percurso, no seu próprio estilo. Margareth surgiria depois com o disco “Love – one”. Mais tarde viria outra dose de amor, em “Love Two”.

    O seu terceiro álbum, noutro registo e noutra fase de maturação, já com algumas edições esgotadas, chamou-se “Nova dimensão”. Prepara-se para apresentar agora, em Novembro, a quarta obra, de que não quer ainda revelar o título. Mas está tudo preparado, tudo gravado, só falta mesmo o dia do lançamento e autógrafos, que espera venham a ser muitos os solicitados, até que a mão, os dedos, o pulso lhe doam, num sinal de sucesso.

    E sucesso não significa apenas mais vendas, mais gente a cantar e a dançar a sua música nas pistas, nem quantas vezes as rádios passam o disco. Sucesso significa também mais espectáculos, porque “o palco, naquela relação que se estabelece com o público, cantar juntos, dançar juntos, e ver a alegria nos olhos das pessoas, aí o artista está mesmo no seu elemento. O palco dá-nos vida. Só um artista entende o que se sente”.

    TELEVISÃO E TEATRO, OUTROS SONHOS

    Margareth do Rosário participou uma vez no programa “Conversas no Quintal” ao lado dos personagens Lembinha, Sidónio, Luena, Kizua e Vitória. “Isso foi no tempo em que o programa convidava figuras públicas. Fui convidada e gostei de ter participado”.

    A VIDA perguntou se tinha sido uma aventura única ou se a televisão e o teatro eram palcos também sonhados. A resposta veio meio enigmática, como que a esconder alguma coisa, revelando ao mesmo tempo uma porta entreaberta: “Quem sabe? Eu estou pronta!”

    ARTISTAS POUCO UNIDOS

    Para Margareth, os músicos deveriam estar mais unidos, toda a classe artística deveria ser mais unida. “Anda cada um na sua”, diz ela, apesar de reconhecer que as coisas estão a evoluir, em termos de mercado, quer em vendas, quer em espectáculos e exposições.

    Isso não basta, Margareth acha que deveria haver mais comunicação, mais camaradagem na defesa dos interesses comuns da classe. Se houvesse mais união haveria mais certezas, o que faria com que muita gente com talento não desistisse dos seus sonhos e das suas carreiras.

    Os problemas estão na relação com os promotores de espectáculos, na relação com os programadores musicais das rádios e até na relação com alguns agentes, que muitos artistas enfrentam, principalmente os novatos. É que, para Margareth, mais que uma espécie de concorrência, a união e o alargamento da classe, faria abrir mais o mercado e aumentar o respeito pelos fazedores de artes.

    DE MULHER PARA MULHER

    O sexo hoje está banalizado ou mais democratizado? Perguntamos nós. Ela respondeu que está mais banalizado que democratizado. “Não nos podemos envolver com alguém e depois procurar as razões de o termos feito”. “A questão é: vou dormir contigo porquê?

    Muitas pessoas não se colocam esta pergunta, então o sexo passa a ser banal”. E acrescenta: “as mulheres, estou a falar para as mulheres, que muitas vezes acabam por ser vítimas das consequências desta banalização, têm que saber defender a sua imagem e a sua honra, até olhando para o futuro, a vida sexual deve ser explorada de forma responsável, natural e madura”.

    E para as mulheres ela tem uma mensagem que diz que se devem sentir bem consigo mesmas, em primeiro lugar. Que se sintam lindas e capazes de se realizarem nos seus anseios e sonhos. E a sensualidade, onde fica? Margareth acha que na dose certa, e para a pessoa certa, a sensualidade deve ser bem explorada, por isso mesmo está a trabalhar para relançar a sua loja de lingeries, para a qual, aliás já pousou em fotografias. “é que podemos passar a mensagem de que qualquer mulher pode ser linda e sensual sem a tal banalização de que falamos há pouco”.

    José kaliengue

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