Mais de mil civis, incluindo 238 crianças, morreram desde o início, há quase quatro meses, da intervenção militar russa contra zonas rebeldes na Síria, anunciou nesta quarta-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
“Desde 30 de Setembro, os ataques aéreos russos fizeram 3.049 mortos, incluindo 1.015 civis, destes 238 crianças e 137 mulheres”, informou o OSDH.
Dois terços das vítimas eram combatentes, incluindo 1.141 rebeldes e jihadistas da Frente Al-Nosra Frente, o ramo sírio da Al-Qaeda, e 893 membros do grupo Estado Islâmico (EI), explicou esta organização que conta com uma ampla rede de informadores em toda a Síria.
A Rússia, aliada do regime de Bashar al-Assad, afirma ter como alvo o EI e outros grupos “terroristas” que se opõem ao poder.
Mas os ocidentais e militantes anti-regime sírio acusam Moscovo de centrar os seus bombardeamentos nos rebeldes “moderados”.
Washington indicou na terça-feira que centenas de civis foram mortos por ataques aéreos russos “cegos”.
Em 23 de dezembro, a Amnistia Internacional fez acusações semelhantes, ao afirmar que os ataques contra áreas residenciais poderiam “constituir crimes de guerra”.
O ministério da Defesa russo denunciou acusações “falsas” e “sem provas”.
Mais de 260.000 pessoas morreram desde o início do conflito na Síria, em 2011, e milhões tiveram que fugir de suas casas. (AFP)