As eleições legislativas e municipais da Guiné Equatorial vão realizar-se a 12 de novembro, segundo o Serviço de Informação e Imprensa do país, divulgou hoje a agência noticiosa espanhola EFE.
O decreto do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, além de convocar as eleições para as duas câmaras do parlamento e para os municípios, dissolve as câmaras e corporações municipais constituídas após as eleições de maio de 2013, nas quais o Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE) obteve uma esmagadora maioria, adianta a EFE.
O PDGE conseguiu 99 dos 100 deputados e 74 dos 75 senadores.
Antes da convocação das eleições, a principal formação da oposição na Guiné Equatorial, a Convergência para a Democracia Social (CPDS), denunciou que o recenseamento eleitoral, realizado entre 1 e 13 de agosto, foi “manipulado” pelo ministro do Interior e responsável pela Junta Eleitoral Nacional, Clemente Engonga Nguama Onguene.
De acordo com o Ministério do Interior, o recenseamento eleitoral deu conta de 325.554 eleitores, que “incluem crianças, ausentes e mortos”, segundo um comunicado da CPDS, citado pela EFE.
A Guiné Equatorial contava com 1.220.000 habitantes em 2016, segundo dados do Banco Mundial.
O país é dirigido desde Agosto de 1979 por Teodoro Obiang, que detém o recorde de longevidade no poder em África. O presidente foi reeleito em 2016 com 93,7% dos votos para um quinto mandato de sete anos. (Notícias ao Minuto)