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    Kuando-Kubango terra de esperança

    O Chefe do Executivo foi recebido no aeroporto de Menongue por milhares de pessoas e teve reuniões com entidades políticas e da sociedade civil

    O Presidente da República defendeu, ontem, em Menongue, que “todos são poucos” para o esforço que se pretende para  melhorar as condições de vida da população do Kuando-Kubango.
    “Somos novamente chamados a estar juntos sem olhar à cor da pele, tribo, nível de escolaridade ou estatuto social. Temos de estar juntos nesta nova batalha para mudar a realidade do Kuando-Kubango e criar melhores condições de vida às nossas populações”, disse José Eduardo dos Santos, respondendo ao discurso do governador, Eusébio de Brito Teixeira.
    O Chefe de Estado lembrou que o “Executivo e o partido maioritário têm dedicado, desde sempre, atenção especial a esta província. Não foi por acaso que escolhemos a cidade, para realizar esta reunião da comissão permanente do Conselho de Ministros”. O Presidente José Eduardo dos Santos sublinhou que apesar dos programas criados e a indicação de altas personalidades do Executivo e do MPLA para o acompanhamento dos programas, “achamos que essa atenção não é suficiente”.
    O Chefe de Estado disse que o Executivo quer transformar o Kuando-Kubango “numa terra produtiva e de esperança”. Esperança essa, referiu o Presidente da República, aberta com a batalha do Cuito Cuanavale: “já lá vão muitos anos desde que Angola conseguiu esta importante conquista, que ajudou a mudar o panorama político da África Austral, mas a esta vitória militar e política seguiram-se outras importantes vitórias, graças ao esforço e ao sacrifício dos angolanos, e também à ajuda da comunidade internacional, particularmente dos internacionalistas cubanos, que estiveram ao nosso lado”.
    José Eduardo dos Santos fez um apelo à união e ao respeito pela memória colectiva, lembrando que no Kuando-Kubango “lutaram milhares e milhares de cidadãos angolanos provenientes de todas as partes do território nacional, para expulsar o inimigo sul-africano. Lutaram para conseguirmos a paz e a estabilidade, e caminharmos para um processo de reconciliação”.

    Confiança recíproca



    O Presidente José Eduardo dos Santos defendeu que “só unidos é possível resolver os problemas da província” e manifestou a sua confiança na capacidade dos quadros angolanos e no povo: “essa confiança é recíproca. No passado tínhamos como lema a aliança FAPLA/Povo, que era o esteio de toda a nossa actividade e nos conduziu a grandes vitórias.
    Para o Presidente da República, é, sobretudo, com base na confiança que o Executivo vai mudar o quadro económico e social do Kuando-Kubango: “nós temos pressa porque os problemas são prementes, nos domínios da água potável, energia, saúde, educação, da produção alimentar para adquirirmos auto-suficiência e combater a fome e a pobreza, criação de emprego para jovens e todos aqueles que tenham idade activa”, referiu, realçando que o Executivo tem “soluções imediatas, para curto prazo e para longo prazo”. José Eduardo dos Santos lembrou que é preciso resolver, em primeiro lugar, os problemas da população: “insisto, não nos percamos em problemas secundários. O tribalismo, o racismo, o separatismo são métodos maus que minam a coesão e a unidade nacional. Juntos vamos conseguir resolver os nossos problemas. Tenhamos esperança em dias melhores e contamos com o apoio da população. Confiamos no nosso povo e só juntos, podemos materializar os nossos sonhos”.

    “Visita do Chefe de Estado é privilégio para este povo”

    O governador provincial do Kuando-Kubango, Eusébio de Brito Teixeira, proferiu um discurso de boas vindas ao Presidente da República e à delegação que o acompanhou na visita a Menongue. Disse que foi um privilégio a escolha da cidade de Menongue para acolher a primeira sessão extraordinária da Comissão Permanente do Conselho de Ministros. Eusébio de Brito Teixeira referiu-se ao carácter estratégico da região, sublinhando o papel de baluarte na defesa da soberania e integridade territorial de Angola.
    O governador destacou os esforços empreendidos e os projectos e programas em curso, numa região fortemente assolada pela guerra. Considerou o conflito armado “responsável pela ruína das poucas infra-estruturas deixadas pela administração colonial e pelas acentuadas assimetrias” que marcam o quotidiano da província.

     

     

     

    Fonte: Jornal de Angola

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