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    Angola na gestão do Afreximbank

    Angola vai obter um mandato à frente do Conselho de Administração do Afreximbank, uma instituição multilateral africana, durante a realização da Assembleia-geral do banco, que se realiza na próxima semana, em Luanda, foi ontem oficialmente anunciado na capital angolana.
    Em conferência de imprensa, António Ramos da Cruz, administrador do Banco Nacional de Angola (BNA), disse que a instituição também passará para o nosso país a Mesa da Assembleia-geral.
    Outros pontos da agenda de trabalhos da reunião prendem-se com a aprovação de uma proposta de nova sede do Afreximbank e com a discussão do relatório e contas de 2010.
    De acordo com António Ramos da Cruz, a reunião vai permitir que empresários angolanos obtenham financiamentos da instituição, já que, desde a criação do Afreximbank, em 1993, um acto subscrito por Angola, apenas uma organização empresarial angolana se habilitou a um empréstimo.
    Trata-se, segundo explicou, da Sonangol Integrated Logistic Services (Sonils), que em Outubro de 2002 se habilitou a um financiamento de 20 milhões de dólares para investimentos na expansão da base logística que apoia as empresas petrolíferas em Luanda. António Ramos da Cruz explicou que estes financiamentos podem servir empresas públicas e privadas, “desde que se apresentem com potencial em exportação”.
    Durante a realização da Assembleia, Angola vai realizar uma feira onde serão mostradas as potencialidades das empresas nacionais, das quais 40 já estão inscritas, representando os sectores da indústria, agricultura, petróleos e serviços.

    Posição de Angola

    O BNA é accionista fundador do Afreximbak, onde possui a categoria “A” e detém 400 acções, representadas no capital social do banco em quatro milhões de dólares, um valor realizado em cinco tranches de 800 mil dólares cada.
    Actualmente, o Afreximbank procedeu apenas à cobrança das duas tranches, das quais os accionistas têm recebido dividendos anuais. Além das 400 acções ordinárias adquiridas aquando do arranque da instituição, o BNA adquiriu 27 outras, resultantes da reconversão dos dividendos em acções.
    Um dos objectivos da criação desta instituição em 1993, em Abuja, Nigéria, foi precisamente o de conceder financiamentos directos para pré e pós-expedição de contratos recebidos pelas grandes empresas exportadoras africanas, conceder financiamentos e empréstimos a curto e médio prazo aos exportadores e importadores africanos e às importações essenciais ao desenvolvimento das exportações, de equipamentos, peças e matérias-primas.
    O capital social do banco foi fixado em 750 milhões de dólares, repartidos em três categorias, designadamente a “A”, com 35 por cento de acções, a “B” com 40 por cento e a “C” com 25 por cento. O Conselho de Administração é assegurado por 10 membros e é eleito pelo período de um ano.

     

     

     

     

    Fonte: Jornal de Angola

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