Segunda-feira, Abril 29, 2024
11.6 C
Lisboa
More

    José Carlos Almeida: “Acho que posso fazer mais e melhor que muitos governadores e administradores municipais”

    O autor do “Ensaboado & Enxaguado” publicou, na semana passada, o seu quarto livro, “Poemas da Alma”. Para o escritor, é importante a continuidade da actividade cultural, pois ela gera riqueza. Ao Expansão, revelou que não há resultados palpáveis em relação ao combate à corrupção.

    Recentemente publicou o seu primeiro livro de poemas. O que sai da sua alma que está narrado no livro?

    A minha experiência de vida, a minha personalidade, experiências alheias. Tenho observado o mundo à minha volta, falo com pessoas, então, tudo aquilo que está relacionado com sentimento, com amor, com a beleza, com a estética, com elegância, com honestidade e outros valores importantes escrevo quando estou inspirado.

    O que o motivou a mudar o género literário?

    Sempre escrevi poesia, mas para ter um livro é preciso reunir um determinado número de poemas. Fui escrevendo durante esses anos todos e consegui reunir o suficiente. Destes seleccionei 40 poemas que são publicados nesta obra.

    Quanto tempo levou a escrever o livro?

    Escrevi em dois anos, porque os poemas precisam ser melhorados. Para além de escritor, também sou professor e preocupo-me com as questões académicas. Os poemas têm aspectos caracterizantes que os distinguem de outros textos literários.

    Que avaliação faz da literatura nacional?

    A literatura é boa. A nossa literatura está dividida entre os clássicos, da época do nacionalismo, os da época intermédia e temos os da era moderna. Que olhar tem sobre o plágio que se tem registado nos últimos concursos de literatura? O plágio é um aproveitamento e abuso da criatividade alheia.

    E criar não é muito fácil. O que aconselho às pessoas é pedirem o consentimento aos autores ou têm de se esforçar em produzir as suas próprias obras, em ter a sua própria essência. O retirar os prémios dos plagiadores tem um impacto negativo para a literatura, porque as pessoas avaliam muito mal e, do ponto de vista internacional, vão pensar que não temos qualidade literária.

    Os gatunos da literatura são pessoas muito prejudiciais e devemos combatê-los. Acho que a sociedade deve reagir veementemente para que se deixe essas práticas. Porque somos capazes de criar. Num passado recente alegava-­se a insuficiência de obras nacionais devido ao valor cobrado para a sua edição.

    Com o número crescente de obras publicadas, Podemos considerar que os preços baixaram?

    Não, os preços não baixaram, até estão mais caros. Alguns têm a sorte de encontrar patrocinadores e outros vão economizando dinheiro. Porque há pessoas que não sonham tanto com o lucro, e que ficam satisfeitos por lançarem uma obra.

    Quem investe nos livros tem retorno desse investimento?

    É impossível haver retorno no investimento, porque a edição do livro é caro e depois demora-se muito a vender. Portanto, é muito difícil os autores contarem com o lucro das vendas dos livros para voltarem a produzir. E há vendedores ou livreiros que não são fiéis e não honram com os compromissos.

     

    Publicidade

    spot_img

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Contagem regressiva para a Cimeira do Clima COP29, no Azerbaijão, expõe as tensões sobre o financiamento

    Os líderes políticos afirmaram que as conversações da COP29 deste ano se centrarão num desafio que não conseguiram superar...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema