Angop
Os jornalistas devem assumir a dianteira no combate à corrupção e crimes conexos ao nível da gestão pública, através da denúncia e da abordagem de conteúdos que promovam a transparência, realçou esta quinta-feira, no Huambo, o secretário-geral do Sindicato destes profissionais em Angola (SJA), Amândio Teixeira Cândido.
Segundo o sindicalista, durante o workshop sobre “Jornalismo On-line e Novas Tecnologias de Informação”, dirigido a jornalistas do planalto central, numa iniciativa da embaixada americana em Angola, em parceria com a Voz da América (VOA), é importante que os profissionais da comunicação social tomem o seu verdadeiro lugar de fazedores de opinião.
Referiu que o jornalista, enquanto fazedor de opinião, deve pautar por uma actividade mais investigativa, capaz de promover a boa governação, a transparência, o desenvolvimento e a igualdade de oportunidades, com a denúncia de casos de corrupção, nepotismo, abusos de poder, tráfico de influência e outros conexos.
Amândio Teixeira Cândido realçou a necessidade dos jornalistas terem o domínio do Orçamento Geral do Estado (OGE), para informarem com precisão e melhor perceberem os meandros deste importante documento que regula toda movimentação económica e financeira do país.
Explicou que o OGE constitui o instrumento base de toda articulação económica do Governo, ou seja, 99,9 porcento das despesas públicas resultam do Orçamento Geral do Estado, daí a razão dos fazedores de opinião dominarem ao pormenor a sua forma de elaboração e de aplicação das verbas.
Com término previsto para sexta-feira, o evento, no qual participam 20 jornalistas de órgãos públicos e privados da província do Huambo, está a debater assuntos sobre “Eleições e democracia”, “Próximas eleições locais em Angola e seu contexto”, “Ambiente digital em Angola – Jornalismo no mundo digital”.
Constam igualmente do leque conhecimentos a aprofundar, abordagens atinentes aos “Recursos digitais para cobertura de notícias”, “O impacto mundial digital na cobertura eleitoral”, “Identificação de páginas falsas” e o “Ferramentas multimédia para edição de áudio e vídeo por telefones inteligentes”.
Com esta formação, o Governo dos Estados Unidos da América pretende ajudar a fortalecer a democracia em Angola, no âmbito da cooperação bilateral no domínio da capacitação de jornalistas.
Trata-se do segundo workshop do género, num universo de três, sendo que o primeiro decorreu em Luanda, capital do país, com 30 jornalistas, enquanto o terceiro realizar-se-á, entre os dias 3 e 4, na província de Benguela, prevendo reunir 30 profissionais de comunicação social.