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    Música angolana abre portas e conquista mercado mundial

    Cantor afirma que a música angolana dos anos 70 tinha sempre mensagem e qualidade

    O cantor e artista plástico Luandino Carvalho disse na terça-feira, em Luanda, que a música angolana ganhou, nas últimas décadas, uma grande expansão, fruto de uma maior divulgação no estrangeiro, transportando para a diáspora a verdadeira cultural nacional.
    O músico fez esta afirmação no Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), onde deu uma palestra sobre o tema “O Fenómeno da Electrónica Aplicada à Essência da Música Angolana”, no âmbito da II edição da Semana do “Atelier Monumental sobre a reflexão Artística e Cultural”.
    Luandino Carvalho defende a sua tese salientando que em 1975 surgiu em Angola a música de intervenção veiculada ao MPLA, que não se cingia apenas a questões políticas. Do seu ponto de vista, essa música não só servia para mobilizar as pessoas, como transmitia mensagens positivas que hoje quase não se ouvem nas músicas feitas pelos jovens.
    Recordando músicos como Santocas, Calabeto e Pedrito, aconselhou os músicos da nova geração a seguirem a experiência dos mais velhos para comporem músicas com mensagens positivas.
    A música angolana dos anos 70, referiu o orador, tinha sempre uma mensagem e por isso foi chamada canção de intervenção. “A música naquela época tinha muita qualidade musical porque quem o fazia tinha de saber cantar e tocar instrumentos musicais”.
    “A música foi um grande veículo para educar a sociedade e transmitir conhecimento à população sobre os heróis que lutaram pela libertação dos angolanos”, salientou. Posteriormente, a música electrónica começou a ser ouvida em Angola, nos anos 80, com a divulgação da música das Antilhas, apontando Luandino Carvalho os Kassav como o melhor grupo de zouk de todos os tempos.  O programa da Semana do “Atelier Monumental”, que decorre desde segunda-feira no CEFOJOR, dedica o dia de hoje às artes plásticas. O historiador Simão Souindoula apresenta as palestras subordinadas aos temas “As Artes plásticas angolanas no contexto das Sociedades das Nações Africanas”, e “Viteix – Entre a expressão da arte e o limite figurativo do homem”. O fotografo José Silva Pinto disserta sobre o tema “A fotografia e a sua interpretação no contexto da Nova Ordem Tecnológica”.

    Mário Cohen

    Fonte: Jornal de Angola

    Fotografia: João Gomes

     

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