Apesar de ter ganho por 1-0, o seleccionador de futebol sub-20 do Zimbabwe, Mashitri Tafadzwa, elogiou a postura demonstrada pelos angolanos, que actuam com os sub-17 nos VII Jogos da Região 5 da União Africana, que decorrem em Luanda de 9 a 19 do corrente mês.
“Foi um jogo difícil, onde tivemos de se aprofundar para triunfar”, disse em poucas palavras o técnico no final da partida disputada no estádio 22 de Junho.
A selecção nacional sub-17, que se prepara para o CAN da categoria, em Abril próximo, no Madagáscar, volta a jogar segunda-feira, no mesmo recinto, com a Zâmbia, enquanto o Zimbabwe defronta a Swazilândia.
Os VII jogos da Região 5 da União Africana são destinados a atletas até vinte anos de idades e estão a ser disputados nas modalidades de futebol, basquetebol, natação, boxe, judo, netball, ténis, atletismo, atletismo adaptado e ginástica. (ANGOP)
Angolanos perdem na estreia
Num jogo marcado pela falta de público, tal como na cerimónia de abertura, a iniciativa pertenceu aos forasteiros, com o primeiro remate do avançado Guyo Nicholas, sem causar preocupações a Simão, guarda-redes angolano.
O desalento do pouco público que esteve a apoiar os Palanquinhas surgiu à passagem do minuto 12, quando Khumala Denzel, isento de marcação, concluiu com sucesso um cruzamento, num remate colocado desferido próximo da marca da grande penalidade.
Bem organizada, a equipa do Zimbabwe conseguiu fazer fluir o seu futebol, o que contrastava com a falta de criatividade dos angolanos, algo surpreendidos pelo golo sofrido no primeiro quarto de hora. Angola conseguiu transpor a cortina defensiva, pela primeira vez, por intermédio de Fiete Santos, mas o remate saiu fraco.
Depois foi a vez de Melano Dala, aos 27 minutos, que não soube dar a melhor sequência à jogada. Nesta altura os angolanos passaram a exercer maior domínio na partida e Abílio Mateus viu o poste esquerdo negar-lhe o golo da igualdade, a poucos minutos do intervalo, para desespero do técnico Simão Laguinha.
No reatamento, num espaço de dez minutos o técnico efectuou as três substituições, com o objectivo único de dar outra dinâmica às acções ofensivas, mas foi o Zimbabwe quem deu o primeiro sinal de perigo na etapa complementar. Uma vez mais Simão mostrou segurança entre os postes.
À medida que passava o tempo, o combinado nacional acreditava que era possível reverter a situação. Aumentou a pressão sobre os zimbabweanos. As transições, bem como a circulação de bola eram bem feitas, o que obrigou o adversário a baixar as suas linhas.
Os cruzamentos saídos dos flancos não tinham a melhor sequência, pois os homens do ataque nunca apareciam no lugar certo para finalizar. A dada altura os jogadores do Zimbabwe passaram a ir mais vezes ao relvado, de modo a queimar tempo, num período em que a pressão aumentava a cada minuto, mas o resultado não se alterou. Em declarações à imprensa no final da partida, o seleccionador angolano disse que já esperava por dificuldades, uma vez que boa parte dos seus jogadores é do escalão de Sub-17. Ficou satisfeito com a postura da equipa, sobretudo no segundo tempo.
\”Jogámos com uma equipa mais adulta, mais matreira. Apesar disso, dominámos o jogo com o comportamento dos meus jogadores. Tivemos mais volume de jogo no ataque, mas fomos infelizes na finalização\”.
Por seu turno, Mashitri Tafadzwa reconheceu as dificuldades, situação que o levou a montar uma equipa mais defensiva, por forma a salvaguardar os três pontos. Hoje o torneio observa uma pausa e regressa amanhã.(jornaldeangola)