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    João Lourenço deixa vários avisos aos que “insistem em criticar” a sua cruzada contra a corrupção

    De acordo com o Novo Jornal Online, no seu discurso de abertura da 7ª reunião ordinária do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), João Lourenço deixou vários avisos aos que “insistem em criticar” a sua cruzada contra a corrupção, “ignorando deliberada e conscientemente que esta foi uma das principais bandeiras que o programa do MPLA submeteu ao sufrágio das urnas”.

    “Alguns optaram agora por criar e disseminar tanto quanto possível a ideia segundo a qual esta cruzada contra a corrupção está a fragilizar o partido e que pode mesmo levar à sua divisão”, disse Lourenço, na liderança do partido deste Setembro de 2018.

    Para o também Chefe de Estado, nada é “mais falso e enganador”, se o MPLA tiver em conta que nas últimas eleições gerais, embora tivesse ganho, “o partido perdeu em cada uma delas cerca de 10 pontos percentuais com relação às eleições precedentes”.

    “Facilmente compreenderemos que muito provavelmente a razão terá sido o castigo que os eleitores nos infligiram pela forma como muitos se serviram impunemente dos bens públicos em benefício próprio, e pela forma como o partido lidou com o problema não passando de um mero discurso”.

    Lourenço, que falava para 297 de 363 membros do comité central, órgão deliberativo máximo do MPLA, afirmou ainda que “o partido ficará cada vez mais enfraquecido se continuarmos a pensar que dizer tolerância zero contra a corrupção significa nada fazer”.

    “Se continuássemos a agir assim, a médio-longo prazo, o partido cairia no descrédito com sérias consequências para a nossa manutenção como força governante. É isto que pretendemos evitar”, vincou.

    Ainda durante o discurso de abertura, o líder do MPLA garantiu que, “ao contrário do que circula em certos círculos, não haverá uma nova lei da amnistia para os crimes previstos nas duas leis sobre o repatriamento de capitais aprovadas ambas em 2018”.

    “A Lei de Repatriamento Voluntario de Capitais constituiu já o equivalente em termos práticos a uma amnistia de um período de seis meses, mas que não foi aproveitada”, continuou, acrescentando que essa responsabilidade “só é de quem optou por tentar ludibriar o Estado mais uma vez”.

    “A sociedade angolana está hoje mais aberta, os cidadãos têm mais liberdade de expressão, de reunião, de associação, e existe também maior liberdade de imprensa, o que é de aplaudir e encorajar”, afirmou.

    Nesta reunião, a decorrer no complexo turístico Futungo 2, em Luanda, deverá ser marcado o VII Congresso Extraordinário do partido.

    Da agenda constam ainda o preenchimento de uma vaga existente no comité central, deixada pelo falecimento, a 05 de Fevereiro, de Gabriel Hilifavali, tendo o bureau político indicado Gonçalves Namweya, com base na lista de precedência, bem como a análise sobre o estado de preparação das primeiras eleições autárquicas, previstas para 2020, mas apenas em alguns dos 164 municípios das 18 províncias.

    Na sessão estarão também em análise outros temas, tais como os relatórios de execução do plano de acção do sector da energia e águas para o período 2018/2022, do bureau político sobre a actividade desenvolvida em 2018 e de execução do orçamento anual do MPLA referente ao mesmo ano.

    Os membros do comité central vão também analisar o relatório de actividades da comissão de disciplina e auditoria do comité central, ainda referente a 2018, e informar os membros do Comité Central sobre as linhas fundamentais da Agenda Política do MPLA de 2019 e sobre uma directiva relativa à utilização dos lemas e símbolos do partido. “Todos os temas serão objeto da mais ampla discussão, para a respetiva deliberação.

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