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    Insurgentes decapitam 12 pessoas em Cabo Delgado e Estado Islâmico anuncia captura de soldados

    Comandante-geral Bernardino Rafael, diz que insurgentes mataram 270 pessoas, nos últimos três meses.

    Um grupo de insurgentes decapitou 12 pessoas em ataques a 11 aldeias do distrito de Muidumbe, na província moçambicana de Cabo Delgado, voltando a provocar pânico e uma nova vaga de deslocados contaram à VOA os moradores locais nesta terça-feira, 3.

    A nova investida iniciou-se no sábado, 31, com a decapitação de nove pessoas.

    Outras duas aldeias foram atacadas na segunda-feira, 2, onde outras três pessoas foram decapitadas.

    “Eles al-saabab (nome com o qual são conhecidos os insurgentes) continuam lá nas aldeias hoje (terça-feira, 3), e queimaram casas da população e instituições do Governo (públicas)”, contou à VOA um morador.

    O grupo, continuaram as fontes da VOA, ocupou primeiro a aldeia de Namacule e começou a lançar as investidas contra outras aldeias, sem nenhuma resposta das Forças de Defesa e Segurança (FDS), que intervieram depois da tomada de algumas aldeias.

    “Muitas pessoas estão a fugir de novo. Tínhamos ficado muitos meses sem ser atacados por al-shaabab, mas agora vieram mais”, explicou outro morador.

    O distrito de Muidumbe foi atacado no início de Abril. Naquela altura, os insurgentes controlaram a vila por várias semanas, depois de terem tomado a sede distrital. Mas, desde então, não foram registadas incursões de dimensões como as do fim de semana, explicaram as fontes que temos vindo a citar.

    Muidumbe fica mais a sul de Mocímboa da Praia, cuja vila e o porto foram capturados e continuam sob o controlo dos insurgentes desde Agosto.

    Numa carta que circulou nas redes sociais, o administrador de Muidumbe, Saide Aly Chabane, tinha ordenado que os funcionários e agentes do Estado afectos àquele distrito se apresentassem nos seus postos de trabalho até o fim deste mês para o reinicio das actividades do Governo paralisados há vários meses.

    Dados da polícia e do Estado Islâmico

    Entretanto, dados apresentados pelo Comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, indicam que os insurgentes mataram 270 pessoas, nos últimos três meses, nos distritos afetados pelo terrorismo em Cabo Delgado.

    Segundo o comandante, 50 elementos das FDS ficaram feridos em confrontos com os insurgentes naquele distrito, de acordo com os dados que ele apresentou no XX Conselho coordenador do Ministério do Interior, realizado fim de semana em Pemba, a capital de Cabo Delgado.

    Num comunicado divulgado pela Amaq News Agency, ligada ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI), lê-se que os jihadistas tomaram aldeias do distrito de Muidumbe, capturaram alguns soldados moçambicanos e recolheram algumas armas e munições.

    Em outubro, as forças governamentais reivindicaram terem desativado dois acampamentos dos insurgentes em duas grandes operações na área de Cagembe, no distrito de Quissanga, mais a norte de Muibumbe.

    A situação provocou uma vaga de deslocados.

    A última vaga de deslocados provocada pela guerra em Cabo Delgado, colocou mais de 11.200 pessoas em fuga para a capital provincial, Pemba, em duas semanas, segundo os mais recentes dados das Nações Unidas.

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    FonteVoA

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