O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti, defendeu hoje, segunda-feira, em Jakarta, Indonésia, que a Conferência de Bandung de 1955 marcou uma etapa importante dos povos dos dois continentes na luta contra o colonialismo e guerra fria.
O ministro teceu estas considerações quando falava à imprensa, à margem da reunião ministerial que prepara os documentos para a Cimeira Ásia -África, a decorrer de 22 a 23, em Jakarta, e que irá juntar líderes dos dois continentes, no quadro das celebrações do 60º aniversário da Conferência de Bandung.
Georges Chikoti acrescentou que ela permitiu também uma certa solidariedade no quadro do Movimento dos Não Alinhados, motivado pelos princípios desta iniciativa.
“Hoje estamos a celebrar todos estes valores que durante 60 anos marcaram a solidariedade dos povos do sul e que há 10 anos criaram uma parceria estratégica para consolidarem as suas economias na base das suas ideias, de maneira sustentável”, argumentou.
Com isso, salientou, existe um meio para a cooperação no sentido do desenvolvimento económico e social destas mesmas regiões.
Fórum Económico
O ministro fez ainda referência ao Fórum Económico, que terá lugar terça-feira na capital indonesa e que irá juntar empresas, empresários e políticos dos distintos países, com vista a partilhar de ideias e análise do crescimento nas duas regiões.
De igual modo, acrescentou o ministro Chikoti, esta será uma oportunidade para abordarem estratégias para enfrentar os desafios futuros neste domínio, dai ser um momento particularmente importante.
Na sua opinião, a parceria entre as duas regiões deve ser bem vista em termos de crescimento do mercado, da cooperação política, assim como de emancipação e independência dos estados nas duas regiões.
De acordo com o ministro, a importância deste grupo está também no facto de ele possuir, mais ou menos, 75 porcento da população do Mundo, “o que é um bom argumento para podermos trabalhar juntos e mantermos a solidariedade”.
Acrescentou ainda que uma das questões importantes é o facto de todos defenderem reformas no sistema das Nações Unidas para que possa haver maior justiça, não só no Conselho de Segurança, mas também na resolução da maior parte dos problemas do Mundo. (portalangop.co.ao)
