Malanje – Três salas de aula e um gabinete foram inauguradas terça-feira na unidade de prisão preventiva, afecta ao comando da segunda divisão de infantaria da região militar norte das Forças Armadas Angolanas (FAA), situada na localidade do Quéssua, a 12 quilómetros da cidade de Malanje.
A inauguração enquadrou-se nas comemorações dos 10 anos de paz e reconciliação nacional, que hoje, quarta-feira, se assinala, e visa inserir os reclusos militares no sistema de ensino.
Com capacidade para 35 alunos cada, as salas estão anexas à escola da ‘’Paz’’ da igreja Metodista Unida e foram construídas pelos próprios reclusos. As mesmas vão funcionar em dois períodos, sendo o da manhã para alfabetização e da iniciação à 6ª classe e a tarde para 7ª, 8ª e 9ª classes.
A vice-governadora de Malanje para o sector político e social, Alice Van-Dúnem, que fez o corte de fita, reconheceu o ingente esforço das Forças Armadas no desenvolvimento do País, uma vez que foi graças a determinação, coragem e emprenho destes que o país hoje vive em paz efectiva.
Alice Van-Dúnem precisou que a inauguração destas salas vai de certo modo, ajudar a elevar o nível de escolaridade dos reclusos e cidadãos que vivem no Quéssua, nos arredores da referida cadeia.
Precisou, por outro lado, que o governo no seu programa de acção, definiu o sector de educação, como uma das prioridades, criando assim melhores condições de ensino, por forma a criar um país com cidadãos formados e livres do analfabetismo.
A dirigente encorajou ainda os reclusos a sentirem-se homens úteis, não obstante a condição de privacidade de liberdade, devendo apenas cumprir com as penas estabelecidas para que saiam reeducados e possam contribuir para o desenvolvimento da província e do país em geral.
Entretanto, os reclusos endereçaram uma mensagem na qual agradeceram as forças armadas pela construção das salas de aulas e prometeram cuidar das infra-estruturas e a dedicarem-se aos estudos.
Actualmente a unidade acolhe 68 reclusos, detidos preventivamente, dos quais14 são efectivos da Polícia Nacional.
Fonte: Angop